Unindo o charme experiente de George Clooney e Julia Roberts, “Ingresso para o Paraíso” entrega uma comédia romântica que equilibra sarcasmo, ternura e autocrítica. Sob paisagens idílicas, dois ex-cônjuges embarcam em uma missão desastrada para evitar o casamento da filha, mas acabam confrontando os próprios desencontros. Um reencontro que mistura leveza e acerto de contas emocional.
Ao aceitar um convite para retornar à cidade onde nasceu, um renomado escritor laureado com o Nobel se depara com um cenário hostil, povoado por ressentimentos, rivalidades silenciosas e tensões latentes. A visita, que deveria simbolizar consagração, se transforma em um embate corrosivo entre ficção e realidade, vaidade e repúdio, memória e revanche — onde cada gesto é um gatilho e cada elogio esconde uma acusação mal resolvida.
Quando o núcleo da Terra para de girar, o planeta entra em colapso e uma equipe de cientistas excêntricos embarca em uma missão suicida ao centro do mundo. “O Núcleo: Missão ao Centro da Terra” funde catástrofe e ficção científica com doses de absurdo, humor involuntário e ambição desmedida. É o tipo de delírio narrativo que, ao invés de esconder seus excessos, faz deles seu combustível mais potente.
Com um guarda-roupa computadorizado, opiniões afiadas e uma confiança que beira o delírio, Cher Horowitz reina soberana entre os corredores ensolarados de Beverly Hills High. Inspirada em “Emma”, de Jane Austen, a comédia de Amy Heckerling não apenas traduz um clássico para o universo adolescente, mas o reinventa com humor ácido, diálogos sagazes e um olhar crítico sob o verniz do consumismo noventista.
Há filmes que se anunciam com estrondo e outros que preparam terreno em silêncio, esperando o momento certo para desmontar as expectativas que ajudaram a construir. “Fresh”, longa de estreia de Mimi Cave, escolhe este último caminho. Por quase quarenta minutos, sustenta a ilusão de que estamos diante de mais uma narrativa sobre o desgaste das relações afetivas no século 21, temperada com ironia leve e ambientada num cotidiano que sugere banalidade.
