Autor: Giancarlo Galdino

Por que o Brasil lê tão pouco? Uma análise de dados e causas

Por que o Brasil lê tão pouco? Uma análise de dados e causas

A leitura é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento pessoal e coletivo. No entanto, o Brasil enfrenta desafios vultosos no que diz respeito a esse hábito, mais que saudável, essencial. A média anual de leitura no Brasil é de cinco livros por pessoa, sendo cerca de 2,5 lidos por inteiro e 2,4 parcialmente. Investir em educação, infraestrutura e políticas voltadas ao estímulo à leitura é fundamental para o nascimento de um outro Brasil.

O leitor sensível é o novo censor?

O leitor sensível é o novo censor?

Nas últimas décadas, o mundo editorial tem passado por transformações significativas, impulsionadas por mudanças sociais, políticas e tecnológicas. Uma das figuras que emergiu nesse novo cenário é a do leitor sensível, alguém contratado para revisar obras literárias sob a perspectiva de minorias e grupos historicamente marginalizados. O leitor sensível, nessa conjuntura, age como um consultor, não como um revisor técnico ou gramatical, mas como alguém que lê com foco em signos socioculturais e impactos simbólicos. Mas seus poderes são, felizmente, restritos.

O filme que transformou a obra-prima de Milan Kundera em um marco do cinema Divulgação / Warner Bros. Pictures

O filme que transformou a obra-prima de Milan Kundera em um marco do cinema

Milan Kundera (1929-2023) estabeleceu em “A Insustentável Leveza do Ser” uma dança de amores sensuais e perturbados, talvez a mais semioticamente complexa da literatura ocidental. Philip Kaufman assimila muito do incômodo existencial forjado pelo escritor em sua adaptação do clássico de há quarenta anos, fixando-se na pletora de sentimentos a uni-los e apartá-los, o que, evidentemente, suscita no espectador a impressão de que até a promiscuidade já foi mais lírica.

5 livros clássicos que dão sono, mas ninguém tem coragem de falar

5 livros clássicos que dão sono, mas ninguém tem coragem de falar

A literatura canônica é, para muitos leitores, um território sagrado. Muitos clássicos foram escritos em períodos em que a literatura seguia convenções diferentes das atuais. Frases longas, vocabulário rebuscado e construções sintáticas complexas sem dúvida podem dificultar a absorção do que vai ali escrito. Nessa lista, apontamos as contradições de alguns dos grandes títulos da literatura universal. Frise-se que a experiência é absolutamente pessoal, e que sempre há em cada um desses cinco títulos lances memoráveis, cuja relevância fundamental é também empurrar o público para outros livros.

7 livros inclusivos escritos por quem nunca viveu a realidade sobre a qual quer falar

7 livros inclusivos escritos por quem nunca viveu a realidade sobre a qual quer falar

Historicamente, a literatura canônica foi dominada por escritores homens, brancos, europeus ou eurocentrados, com visões de mundo que muitas vezes excluíam ou até estigmatizavam as minorias. Essa exclusão não é meramente simbólica: ela tem implicações reais na formação de identidades, na autoestima de leitores e na maneira como diferentes grupos são percebidos na sociedade. Elaboramos uma lista com sete exemplos de enganos, intencionais ou não, que acabaram por perpetuar-se na literatura, fazendo com que temas como racismo e o assassinato em massa de judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) perdessem força e não acrescentassem relevância alguma ao debate.