Autor: Giancarlo Galdino

Sustos e gargalhadas: filme que acaba de estrear na Netflix vai agitar seu sofá Divulgação / Netflix

Sustos e gargalhadas: filme que acaba de estrear na Netflix vai agitar seu sofá

Quando se fala em casamento, a lógica do amor ideal não faz tanto sentido, uma vez que muitas outras variáveis passam a compor a equação. “Quem Matou?” passa por cima dessa falsa premissa dos romances clássicos, anexando-a a uma sucessão de eventos macabros, tornados mais amenos pela fotografia pautada por cores berrantes, mas que devolve o filme a um noir aterrador nos momentos em que julga necessário.

Pior que inteligência artificial: novo filme da Netflix explora previsões futuristas ainda mais sombrias Andrej Vasilenko / Netflix

Pior que inteligência artificial: novo filme da Netflix explora previsões futuristas ainda mais sombrias

“Paraíso”, uma distopia pré-apocalíptica feita de críticas tão sutis como ferozes acerca de como nos perdemos de nossa essência, de nossa humanidade, do que nos define como indivíduos dotados de raciocínio lógico, claro, mas também de sentimento, de reflexão, das dores que sangram e fortalecem, com a nossa aquiescência e, o pior, com a nossa dedicação a causas sem fundamento.

Imperdível: uma das mais belas obras-primas do cinema europeu está na Netflix Nadja Klier / ARD Degeto/

Imperdível: uma das mais belas obras-primas do cinema europeu está na Netflix

Pintor frustrado, Hitler encontrou no desprezo à arte um consolo para muito de seu ressentimento contra a civilização, empenhando as maiores apostas numa pretensa inferioridade moral de quem ganhava seu sustento arrancando da vida a rara beleza que ela, a custo, preserva. Em “Nunca Deixe de Lembrar”, Florian Henckel von Donnersmarck alude a uma das bases do nazismo retrocedendo ao seu avesso. O alemão ousa explicar o injustificável, a fúria sanguinária de Hitler, devassando um de seus aspectos mais íntimos.

O filme da Netflix que é um dos mais perturbadores da história recente do cinema Divulgação / Netflix

O filme da Netflix que é um dos mais perturbadores da história recente do cinema

A passagem dos setenta anos de Stephen King, em 2017, era o estímulo que (não) faltava para que viessem à luz alguns filmes que tomam a pena do mestre do suspense por premissa maior. Este é o caso de “It — A Coisa” com seu palhaço metafísico, dirigido por Andy Muschietti; “A Torre Negra”, saga sobre um homem em busca de um lugar no mundo, rodado por Nikolaj Arcel; e “Jogo Perigoso”, de Mike Flanagan, thriller que se ocupa das neuras perversas de um casal entediado. Em “1922”, é a vez de Zak Hilditch dizer a que veio.