Autor: Giancarlo Galdino

10 livros para quem está emocionalmente esgotado, mas ainda quer sentir alguma coisa

10 livros para quem está emocionalmente esgotado, mas ainda quer sentir alguma coisa

Estes são tempos de cansaço. A rotina acelerada, a pressão por produtividade, a solidão crescente ainda que em meio a conexões digitais que nunca param e os desafios da vida têm levado muitas pessoas a uma esgotadura intermitente. Ler um romance, um poema, uma crônica pode oferecer a quem está com o coração partido uma experiência de religação com seus sentimentos mais profundos, ainda que de maneira indireta. A literatura nos ensina a viver outras vidas. Nos dez títulos dessa lista, vibra o prazer da descoberta, da surpresa, do bom feitiço que não pode ser explicado. São publicações que, em maior ou menor grau, nos ensinam a resistir, perseverar, ver nossas misérias com os olhos da esperança.

Pode um homem escrever sobre mulheres? E um branco sobre um negro?

Pode um homem escrever sobre mulheres? E um branco sobre um negro?

Antes de qualquer outra coisa, a literatura é uma tentativa de compreender o mundo. Nessa tarefa, bons escritores ultrapassam os limites de suas próprias experiências, imaginando vidas, sentimentos e situações que nunca viveram. Dessa forma, surge uma questão que tem acendido debates acalorados no meio cultural e acadêmico: podem homens escrever sobre mulheres? E brancos sobre negros? Ouvir e respeitar o outro, seja lendo ou escrevendo, ainda é um dos gestos mais revolucionários que alguém pode se permitir.

Por que o Brasil lê tão pouco? Uma análise de dados e causas

Por que o Brasil lê tão pouco? Uma análise de dados e causas

A leitura é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento pessoal e coletivo. No entanto, o Brasil enfrenta desafios vultosos no que diz respeito a esse hábito, mais que saudável, essencial. A média anual de leitura no Brasil é de cinco livros por pessoa, sendo cerca de 2,5 lidos por inteiro e 2,4 parcialmente. Investir em educação, infraestrutura e políticas voltadas ao estímulo à leitura é fundamental para o nascimento de um outro Brasil.

O leitor sensível é o novo censor?

O leitor sensível é o novo censor?

Nas últimas décadas, o mundo editorial tem passado por transformações significativas, impulsionadas por mudanças sociais, políticas e tecnológicas. Uma das figuras que emergiu nesse novo cenário é a do leitor sensível, alguém contratado para revisar obras literárias sob a perspectiva de minorias e grupos historicamente marginalizados. O leitor sensível, nessa conjuntura, age como um consultor, não como um revisor técnico ou gramatical, mas como alguém que lê com foco em signos socioculturais e impactos simbólicos. Mas seus poderes são, felizmente, restritos.

O filme que transformou a obra-prima de Milan Kundera em um marco do cinema Divulgação / Warner Bros. Pictures

O filme que transformou a obra-prima de Milan Kundera em um marco do cinema

Milan Kundera (1929-2023) estabeleceu em “A Insustentável Leveza do Ser” uma dança de amores sensuais e perturbados, talvez a mais semioticamente complexa da literatura ocidental. Philip Kaufman assimila muito do incômodo existencial forjado pelo escritor em sua adaptação do clássico de há quarenta anos, fixando-se na pletora de sentimentos a uni-los e apartá-los, o que, evidentemente, suscita no espectador a impressão de que até a promiscuidade já foi mais lírica.