Autor: Giancarlo Galdino

Na 5ª temporada, Emily em Paris ainda encanta, mas já não empolga como antes Giula Parmigiani / Netflix

Na 5ª temporada, Emily em Paris ainda encanta, mas já não empolga como antes

Emily Cooper está amadurecendo — e isso é péssimo. Na quinta temporada, nota-se que a protagonista de “Emily em Paris” vem deixando de ser a garotinha ingênua de cinco anos atrás e ficando mais atirada, mais sagaz, mais cínica. Os moradores da Cidade Luz serviram-lhe de inspiração para uma série de mudanças, e a mocinha parece ter enfim aprendido a desvendar alguns códigos de uma sociedade predatória, tornando-se também uma farsante.

Se existe um filme para ver no dia de Natal, é a obra-prima de Frank Darabont — está na HBO Max Divulgação / Warner Bros.

Se existe um filme para ver no dia de Natal, é a obra-prima de Frank Darabont — está na HBO Max

Desprezado ao estrear, “Um Sonho de Liberdade” envelheceu ao contrário: ficou mais nítido. Frank Darabont, então novato em longas, adapta Stephen King para contar o confinamento de Andy Dufresne, banqueiro inocente que precisa aprender a sobreviver sem ceder à brutalidade da prisão. A narrativa, conduzida por Red, transforma códigos de cela em debate sobre honra, dignidade e esperança. Ao trocar suspense fácil por observação moral, o filme segue encantando. E lembra que, sem reconhecimento, a virtude vira apenas mais dor.

Sincero e profundamente comovente: o filme mais bonito de 2025, com Kate Winslet, estreou hoje na Netflix Kimberley French / Netflix

Sincero e profundamente comovente: o filme mais bonito de 2025, com Kate Winslet, estreou hoje na Netflix

Na última cena de “Adeus, June”, entende-se, afinal, o propósito do filme. Numa estreia auspiciosa — e mesmerizante —, a agora diretora Kate Winslet pega a audiência no contrapé, desarmando-a golpe após golpe. A partir do roteiro de Joe Anders, seu filho com o cineasta Sam Mendes, ela volta a um episódio doloroso de sua intimidade, enfraquecendo aquela máxima de Tolstoi.

Na Netflix: o filme que todo mundo deveria ver na noite de Natal — e que vai te marcar Divulgação / Touchstone Pictures

Na Netflix: o filme que todo mundo deveria ver na noite de Natal — e que vai te marcar

Por que “Sociedade dos Poetas Mortos” ainda emociona quase quatro décadas depois? Neste vídeo, revisitamos a Academia Welton de 1959 e o professor John Keating, que usa Thoreau, Whitman e o carpe diem para sacudir a rotina e despertar coragem nos alunos. Entre encanto, melancolia e conflito, o filme de Peter Weir mostra como a poesia pode iluminar o cotidiano — e cobrar um preço alto. Dê play e descubra o que permanece vivo na memória, na tela, em nós.

Charlotte Vega e Christian McKay no Prime Video: suspense britânico que prende sem exageros Divulgação / Parkland Entertainment

Charlotte Vega e Christian McKay no Prime Video: suspense britânico que prende sem exageros

Amores malditos permeiam “A Fonte”, um melodrama formulaico, mas introspectivo e até profundo, sobre gestos e, o principal, silêncios. Em seu longa de estreia, o britânico Ben Hecking compõe uma detalhada meditação existencial ancorada em pequenos comentários a respeito de memória e esquecimento, erro e perdão, investigando personagens ambíguos, à beira de um colapso.