Autor: Fernando Machado

O maior clássico do western spaghetti da história do cinema está de volta à Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O maior clássico do western spaghetti da história do cinema está de volta à Netflix

Em vez de apenas revisitar o passado escravocrata dos Estados Unidos, Tarantino o estraçalha com dinamite narrativa e sarcasmo feroz. “Django Livre” troca o peso da reconstituição histórica pela eletricidade da vingança estilizada, onde cada cena desafia o espectador a encarar a barbárie não com reverência, mas com olhos arregalados diante do absurdo sistemático da violência.

Divertida, inteligente e adorável: a comédia que prova que o riso pode caminhar junto com o bom cinema, na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Divertida, inteligente e adorável: a comédia que prova que o riso pode caminhar junto com o bom cinema, na Netflix

Adentrar o universo de “A Escolha Perfeita” sem grandes expectativas ou até mesmo com um certo ceticismo pode se revelar uma experiência mais envolvente do que se imagina. O longa, que acompanha um grupo feminino de canto a capella determinado a se redimir em uma competição, se apoia em clichês de filmes estudantis e arquétipos facilmente reconhecíveis. No entanto, a produção subverte essa previsibilidade ao tratá-la com inteligência e uma dose bem calibrada de autodepreciação, transformando personagens que poderiam ser meros estereótipos em figuras carismáticas, cujas interações são o verdadeiro motor da narrativa.

O filme  de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video Divulgação / Paramount Pictures

O filme de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video

Desde os primeiros instantes, “A Chegada” convida o espectador a uma imersão única, onde o enigmático encontro com o desconhecido se transforma em uma profunda reflexão sobre a natureza da comunicação e do tempo. Sob a direção perspicaz de Denis Villeneuve, a história se concentra em Louise Banks (Amy Adams), cuja trajetória ultrapassa o mero enfrentamento de uma crise interplanetária para explorar os limites da experiência humana. Ao invés de privilegiar confrontos espetaculares, o filme propõe uma investigação meticulosa das estruturas linguísticas que regem nossa percepção, insinuando que o modo como articulamos ideias pode, de fato, remodelar nossa própria existência.

Se você está precisando de um filme que te abrace devagar, a Netflix tem um — e ele vai ficar com você muito depois dos créditos finais Divulgação / Netflix

Se você está precisando de um filme que te abrace devagar, a Netflix tem um — e ele vai ficar com você muito depois dos créditos finais

Dois jovens, condenados por diagnósticos que não oferecem escapatória, cruzam seus destinos em um hospital onde a vida parece estar sempre por um fio. Com delicadeza incomum, o filme evita o melodrama fácil e investe em silêncios, gestos mínimos e olhares que dizem mais do que qualquer palavra, revelando que, mesmo diante do fim, ainda é possível encontrar algo que se pareça com começo — e que dure o suficiente para deixar marcas definitivas.

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix Divulgação / Vitrine Filmes

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix

No efervescente cenário do Rio de Janeiro nos anos 1950, onde os destinos femininos eram frequentemente traçados à revelia de seus próprios desejos, “A Vida Invisível” é como um relato cortante sobre silenciamento, separação e resistência. Karim Aïnouz transforma a história de duas irmãs, Eurídice e Guida, em uma experiência que extrapola o melodrama e se torna um retrato vívido da opressão patriarcal e da irreversibilidade de certos desencontros. A narrativa não se contenta em apenas contar a tragédia dessas mulheres; ela a esculpe com precisão, explorando nuances emocionais e visuais que potencializam a força de sua denúncia.