Stephen Sommers, experiente em narrativas que exploram monstros e seres atravessando milênios, manipula os elementos da história com precisão, resultando em um filme que abraça seus exageros com orgulho. O diretor e roteirista usa esta obra como alicerce para outras produções, onde explora a influência de criaturas de tempos arcaicos sobre o cotidiano das pessoas comuns de hoje.
“A Lagoa Azul” (1980) é um clássico cinematográfico que explora a inocência e a sobrevivência em meio à natureza selvagem. Dois jovens, isolados em uma ilha paradisíaca após um naufrágio, são forçados a crescer sem a orientação da civilização. O filme aborda a descoberta do amor, da sexualidade e dos desafios da vida em um ambiente que, apesar de belo, é também implacável e perigoso.
“Os Três Males” de Wong Ching-po é uma ousada fusão de temas clássicos e contemporâneos, mergulhando em uma trama que entrelaça gângsteres, mitologia e questões sociais. Ambientado em uma Taiwan tumultuada, o filme reinterpreta uma antiga fábula chinesa, explorando a jornada de redenção e confronto moral de seus personagens. Com narrativa intensa e visual impactante, o longa cativa ao equilibrar ação e reflexão em um cenário de constante tensão.
Distopias têm o poder de nos lembrar do caos inerente ao mundo desde o princípio dos tempos. Persistimos em aprofundar o abismo econômico e moral em que muitos se resignam a cair, como a presa hipnotizada por seu predador, que acaba devorada sem sequer precisar de um ataque feroz. Esperamos, depois, que alguma força maior se apiede e encurte o sofrimento daqueles que já foram privados até do mínimo necessário para uma existência digna. Muitos, no entanto, desejam a morte como única saída para a agonia interminável, uma conclusão inevitável para tantos tomados pela angústia e desespero.
“The Discovery” (2017), o segundo longa-metragem de Charlie McDowell, que começou sua carreira com a comédia romântica “Complicações do Amor” (2014), explora a interferência da inteligência artificial na vida e na morte, tema que é desenvolvido por meio dos experimentos rigorosamente testados do Dr. Thomas Harbor, interpretado por um Robert Redford visivelmente exausto. Essa exaustão, no entanto, não tem relação com a idade, como se observa em sua atuação vibrante em “Nossas Noites” (2017), de Ritesh Batra.
