Autor: Amanda Silva

Acaba de estrear no Prime Video o grande vencedor do Oscar 2025 Divulgação / FilmNation Entertainment

Acaba de estrear no Prime Video o grande vencedor do Oscar 2025

A madrugada em Nova York não termina, apenas muda de cor. Entre o neon e o cinza, uma moça dança. Dança com o corpo treinado, mas o olhar de quem já aprendeu que não há salvação fora do palco. “Anora”, de Sean Baker, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2025, começa onde tantos outros terminam: no instante em que a promessa implode e resta o contorno fosco da sobrevivência. É uma narrativa que se desenha como fábula tardia, mas logo recusa a moral. O que sobra é ruído. Um vazio iluminado por dólar amassado e presente caro, como se o luxo fosse suficiente para esquecer o que se vendeu para recebê-lo.

5 escritores que publicaram um único livro e entraram para a história

5 escritores que publicaram um único livro e entraram para a história

Cinco autores, cinco livros. E nenhuma segunda chance. Não porque tenham fracassado — ao contrário, tocaram algum nervo fundo da experiência humana —, mas porque o tempo não lhes deu espaço, ou porque o gesto único bastou. Publicaram um único romance e desapareceram. Uns cedo demais, outros em silêncio. O que ficou não foi só a obra, mas o rastro de algo irrealizado: o livro que faltou. O que não existiu. Mas talvez por isso mesmo, o que deixaram ressoa mais fundo do que muitos catálogos inteiros.

Pedro Pascal é o novo Keanu Reeves?

Pedro Pascal é o novo Keanu Reeves?

Aparece como quem não quer nada. Ou melhor, como quem já teve tudo arrancado e agora carrega o resto com delicadeza. Pedro Pascal se tornou um rosto de outro tempo, mas não do passado, de uma espécie de futuro cansado, vulnerável, que anda curvado sem pedir desculpas. Ele não representa força, representa desgaste. É o ícone improvável de uma nova masculinidade que cuida sem controle, protege sem armadura, morre sem glória. Ele não atua para vencer. Ele existe para que a derrota não pareça solitária.

4 filmes na Netflix que terapeutas indicam para entender a si mesmo Divulgação / Netflix

4 filmes na Netflix que terapeutas indicam para entender a si mesmo

Entre tantos filmes que distraem, alguns se atrevem a tocar onde ainda dói. Na Netflix, há títulos que não aparecem entre os mais vistos, mas surgem com frequência nas indicações de psicólogos e terapeutas. Não porque curem — mas porque expõem com rara sensibilidade o que, às vezes, só o silêncio compreende: o peso da perda, as ambiguidades do afeto, a complexidade do que chamamos de “vida emocional”. Filmes que não resolvem nada — mas ajudam a nomear aquilo que, até então, só existia como sensação. E isso já é muito.

5 livros que provam que Cormac McCarthy é o maior escritor dos últimos 50 anos

5 livros que provam que Cormac McCarthy é o maior escritor dos últimos 50 anos

Poucos autores do século 20 foram tão implacáveis e ao mesmo tempo tão profundamente humanos quanto Cormac McCarthy. Seus romances falam do fim das coisas: da paisagem, da linguagem, da bondade. Com uma prosa que às vezes soa como escritura sagrada, outras como poeira soprada no deserto, ele construiu narrativas que lidam com a morte sem dizer seu nome. Esta seleção reúne cinco obras essenciais para entender por que McCarthy não apenas escreveu romances. Ele cravou cicatrizes literárias num século inteiro.