Autor: Amanda Silva

5 livros que parecem ter sido escritos com sangue, vinho e saudade

5 livros que parecem ter sido escritos com sangue, vinho e saudade

Alguns livros não foram feitos para o simples gesto da leitura: foram feitos para ferir. Cada um deles carrega uma dor que não cabe no corpo, um desejo que não se nomeia facilmente, uma saudade que, mesmo muda, continua gritando. São obras escritas com sangue, vinho e ausência — por vozes que hesitam, colapsam, se erguem em meio ao desamparo. Kafka, Levi, Peixoto, Vuong e Guimarães Rosa não contam histórias: deixam rastros. E o leitor, ao fim, já não sai inteiro. E talvez nem queira.

8 romances japoneses tão contidos quanto devastadores

8 romances japoneses tão contidos quanto devastadores

Há livros que se impõem com enredo, reviravolta, velocidade. E há outros que se aproximam de lado, com delicadeza e lentidão, até que — sem ruído — atravessam você. Os romances japoneses reunidos aqui pertencem a esse segundo tipo: não tentam impressionar, mas transformam. São contidos, cheios de nuance, sustentados por personagens que raramente gritam, mas que doem em silêncio. E no fim, o que fica não é uma lição, mas uma presença. Como se algo ainda estivesse respirando depois da última página.

7 livros que são como perfumes raros: pouca gente conhece, mas quem conhece nunca esquece

7 livros que são como perfumes raros: pouca gente conhece, mas quem conhece nunca esquece

São livros que não aparecem nas vitrines, nem rendem adaptações em série. Livros que parecem escritos para meia dúzia de leitores, e mesmo assim sobrevivem como relíquias. Há algo de artesanal neles. Um modo de narrar que não apressa. Uma voz que sussurra em vez de gritar. Quem lê guarda. Quem guarda, volta. E quem volta, não sai igual. Estes sete títulos, vindos de margens discretas da literatura mundial, são como perfumes raros: difíceis de encontrar, mas impossíveis de esquecer.

5 best-sellers brasileiros de ficção que tratam o leitor como se fosse burro

5 best-sellers brasileiros de ficção que tratam o leitor como se fosse burro

O que há em comum entre alguns dos best-sellers brasileiros mais vendidos da década? A crença de que emoção vem da repetição, que beleza depende de adjetivo, que dor precisa ser decorada. São livros que não confiam na inteligência do leitor, preferem conduzi-lo pela mão até onde tudo já está pronto: moral, metáfora, desfecho. Entre lágrimas plastificadas e frases projetadas para viralizar, resta pouco espaço para ambiguidade — e nenhum para risco. Eles entregam. Mas entregam fácil demais.

5 livros que te enganam até a última página

5 livros que te enganam até a última página

Nem todo engano é malicioso. Às vezes, é só o modo que a ficção encontra de nos manter inteiros por mais tempo. Há romances que acompanham o leitor como um amigo confiável, e há os que traem, subvertem, negam tudo que antes prometiam — não por maldade, mas por precisão. Os livros reunidos aqui não frustram. Eles deslocam. A cada virada, uma nova rachadura, um novo espelho, uma nova ausência de chão. Chegar à última página é como acordar de um sonho que jurávamos ser vida. Ou o contrário.