Se você descobrisse um método para alterar o passado, quais aspectos de sua existência você mudaria? Todos nós temos arrependimentos, decisões que gostaríamos de reconsiderar, palavras que deveríamos ter pronunciado nos momentos apropriados. A vida é única e algumas oportunidades não se repetem. O filme oferece uma janela para imaginar como poderíamos moldar nossas vidas com habilidades extraordinárias, vivendo em um corpo diferente ou em outro contexto. No filme “Como Nos Conhecemos”, dirigido por Ari Sandel e escrito por John Whittington, somos levados a reexaminar certos clássicos da tela grande, como “Quero Ser Grande” e “O Feitiço do Tempo”, inseridos em uma comédia romântica envolvente.
Noah (Adam Devine) encontra Avery (Alexandra Daddario) em uma celebração de Halloween em 2014. Três anos depois, ele se encontra em seu evento de noivado com Ethan (Robbie Amell). Embriagado, ele lamenta as oportunidades perdidas ao permitir que Avery se envolvesse com outra pessoa. Desolado, ele retorna a uma cabine de fotos onde estiveram naquela noite e deseja uma chance para alterar o passado. Seu desejo se realiza, e Noah acorda em 31 de outubro de 2014, tentando alterar seu comportamento para conquistar Avery. No entanto, suas ações o transformam em uma versão de si mesmo que, após passar uma noite com ela, desaparece por três meses.
Persistindo em seu objetivo, Noah utiliza a máquina do tempo diversas vezes para reescrever sua história com Avery. Em cada tentativa, ele comete erros e as coisas não saem conforme o planejado. O curso natural e o destino humano frequentemente fogem ao nosso domínio. É como navegar pelo oceano da existência, onde podemos guiar nosso barco até um ponto, mas o destino final é decidido pelo mar, que ora se apresenta revolto, ora tranquilo.
Ao longo dessas viagens ao passado, Noah experimenta ser próspero, um marido devotado, desleal, um perseguidor obsessivo, e finalmente, reconhece que talvez precisasse deixar Avery para encontrar um amor genuíno. O amor, assim como a vida, não pode ser controlado. Amar e ser correspondido é quase um feito extraordinário, e quando isso ocorre, é essencial valorizar cada momento para não perder essas raras oportunidades.
Ao final, “Como Nos Conhecemos” nos encoraja a aceitar nossa essência e destino. Frequentemente, o melhor da vida vem das surpresas que ela nos reserva. Amor e felicidade podem emergir dos lugares mais inesperados, exigindo que estejamos alertas e resilientes. Como escreveram Caetano e Gil, não há tempo para temer o fim.
Filme: Como Nos Conhecemos
Direção: Ari Sandel
Ano: 2018
Gênero: Comédia/Romance/Fantasia
Nota: 7/10