Se você é fascinado pela cultura e história do Egito Antigo, não deixe de conferir essa fantasia épica cheia de ação na Netflix Divulgação / Universal 1440 Entertainment

Se você é fascinado pela cultura e história do Egito Antigo, não deixe de conferir essa fantasia épica cheia de ação na Netflix

Há um motivo pelo qual as pessoas continuam produzindo filmes para a saga de aventura do “Escorpião Rei” e eu acredito que é porque ainda tem público. Sim, há um grupo de pessoas que gostam de acompanhar os enredos de mitos, lendas e feitiçarias do Egito Antigo, que sempre trazem sequências vibrantes de lutas e perseguições.

Há um fascínio pela cultura e história do Egito, uma das civilizações mais antigas e influentes no mundo. Há tanta sofisticação em seus conhecimentos milenares, que todo o mundo foi influenciado por sua arte, arquitetura, agronomia, ciência e diversos outros campos do saber. Sem falar nas figuras históricas, como Moisés, Ramsés II e Tutancâmon, além das mulheres, que já exerciam papeis importantes naquela sociedade, como Cleópatra e Nefertiti.

A saga do “Escorpião Rei” são vários enredos de fantasia que se inspiram em elementos reais da história e da cultura do Egito Antigo. Inclusive, existiram faraós chamados de Escorpião há vários séculos. Os primeiros filmes da franquia tiveram seu tempo de glória e pegaram carona no sucesso de outra saga, a de “A Múmia”, que também explorava esse universo fascinante que rodeias as pirâmides, a esfinge e outros símbolos lendários do país.

Enquanto os primeiros filmes tinham celebridades no elenco, como Dwayne Johnson, Billy Zane, Ron Pearlman e Dave Bautista, os últimos já trouxeram um elenco mais desconhecido do público e não possuem mais tanta grandiosidade na produção. O primeiro longa-metragem chegou a custar 60 milhões de dólares e arrecadar mais de 170 milhões nas bilheterias. Já “O Escorpião Rei 5: O Livro das Almas” não teve o orçamento divulgado e jamais chegou nos cinemas. Ele foi direto para as videolocadoras e streamings e o que se sabe sobre DVDs vendidos é de pouco mais de 1 milhão de dólares.

O elenco do quinto filme da franquia não é exatamente de celebridades, mas você pode reconhecer o vilão, Nebserek, interpretado por Peter Mensah, em outras aventuras épicas, como “300” e “Spartacus”. Já o herói, o Escorpião Rei, é vivido por Zach McGowan, que embora também não seja uma figura amplamente conhecida, estrelou as séries “Agentes da S.H.I.E.L.D. da Marvel” e “Black Sails” e o filme “O Exterminador do Futuro: A Salvação”.

O enredo conta a lenda do pacto entre o rei Memtep e Anúbis, o senhor das Trevas, para forjar uma espada amaldiçoada e tão poderosa que quem a possuísse governaria o mundo e prenderia as almas de suas vítimas no inferno. Quando Nebserek saqueia o túmulo de Memtep e rouba a espada, ele incorpora a entidade maligna que dá poder à espada e começa a colonizar territórios.

Enquanto invade uma pequena aldeia, um inimigo lendário se levanta do outro lado do deserto. O mercenário acadiano Mathayus (McGowan) se une com a guerra e princesa de Nubia, Tala (Pearl Thusi), para encontrar o místico Livro das Almas e destruir o tirano Nebserek.

É inegável o fascinante universo que o filme abrange e a dinâmica dessa produção, que com certeza agrada quem gosta de longas acelerados e que não caem na monotonia. “O Escorpião Rei 5: O Livro das Almas” não desacelera e, talvez, esse seja o segredo de seu sucesso com o público depois de tantas produções. Por outro lado, os diálogos não são ricos ou inteligentes, parecem mecânicos demais e apenas interligam cena de ação a cena de ação, que parece ser o enfoque maior deste filme. Outro problema é que ele tem cara de produção independente. Não no bom sentido, que é a questão da originalidade, mas é perceptível que a falta de recursos prejudica os cenários, os figurinos e os efeitos especiais.


Filme: O Escorpião Rei 5: O Livro das Almas
Direção: Don Michael Paul
Ano: 2018
Gênero: Fantasia/Aventura/Ação
Nota: 6/10

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.