Sequência de um dos filmes mais assistidos da história da Netflix acaba de estrear Jasin Boland / Netflix

Sequência de um dos filmes mais assistidos da história da Netflix acaba de estrear

Todo mundo sabe que “Resgate” é um dos melhores, senão o melhor, filme original de ação da Netflix. Sucesso mundial, o longa-metragem de Sam Hargrave, estrelado por Chris Hemsworth, tem cenas incríveis de perseguições e lutas que vão te fazer suar de emoção no sofá da sua casa. Como não sabia se o filme ia agradar ou não, Hargrave deu ao seu protagonista, Tyler Rake, um final ambíguo. Então, já que “Resgate” se tornou uma das produções mais assistidas de todos os tempos da plataforma, foi impossível não dar continuação para o fenômeno.

“Resgate 2” começa bem onde o primeiro terminou. Rake (Hemsworth) gravemente ferido da missão de Bangladesh e sendo socorrido por seus companheiros de operação. Após uma recuperação complicada no hospital, ele volta para sua cabana rústica e isolada e recebe a inesperada visita de um desconhecido. Alcott (Idris Elba) é enviado pela ex-mulher de Rake, Mia (Olga Kurylenko), com o pedido para que ele resgate sua irmã, Keto (Tinatin Dalakishvili), e seus dois filhos, do cunhado terrorista na Geórgia. O homem mantém a própria família em cativeiro, enquanto cultiva ao lado do irmão um grupo criminoso que recruta seus membros em troca de pertencimento. Ao mesmo tempo que eles praticam seus crimes e dominam seu perímetro na Geórgia, os bandidos acumulam um exército de soldados leais, que acreditam que o grupo seja uma espécie de “escolhidos” por uma força superior.

Rake, que se sente em dívida com a ex-mulher por não ter estado ao seu lado durante a doença fatal de seu filho, busca por redenção aceitando a proposta de salvar a ex-cunhada e os sobrinhos. Mas a missão, claro, será muito mais complicada do que esperado e conseguir derrotar as forças inimigas para retirar a família das garras dos bandidos será uma tarefa hercúlea.

Se você ainda não sabe, “Resgate” foi o primeiro filme dirigido por Hargrave, que já tinha atuado em várias produções famosas como dublê. Ele também já foi assistente de câmera, assistente de direção, dentre outras dezenas de coisas que fez por trás dos sets de filmagens, e isso o garantiu uma boa experiência para conseguir a confiança da Netflix para dirigir essa superprodução. Seu trabalho meticuloso e sem medir esforços em seu primeiro filme o deu oportunidade de mostrar ainda mais de suas habilidades como diretor na continuação.

Em entrevista ao Screen Rant, Hargrave contou que, embora o segundo filme seja mais complexo e grandioso que o primeiro, foi mais fácil de trabalhar, porque ele já tinha uma ideia do que queria e de como seria dirigir uma grande produção. Ele conta que no primeiro filme, foi bombardeado de perguntas por funcionários dos sets e dublês sobre o que deveriam fazer e isso o deixava um pouco assustado. No segundo filme, ele se sentiu mais bem preparado para liderar a missão.

Em Resgate 2, o enredo tenta se aprofundar mais na história de vida e nos propósitos de Rake, explicando mais sobre seu passado, a morte do filho e incluindo membros de sua família no roteiro. Ex-veterano de guerra, que perdeu o filho para uma doença e foi largado pela mulher justamente por tê-los abandonado em um momento tão definitivo, Rake se sente desiludido de sua própria vida e tenta dar algum sentido para sua existência aceitando missões perigosas, complicadas e mortais.

“Resgate 2” vem como cenas de ação muito mais ambiciosas que as do primeiro filme e tem uma sequência de 21 minutos em que Rake retira seus parentes da prisão e se envolve em diversas dinâmicas de lutas e fugas. A continuação foi, sem dúvidas, um upgrade na história e mostra que Hargrave está a caminho de se tornar um grande nome do cinema de ação para os próximos anos.


Filme: Resgate 2
Direção: Sam Hargrave
Ano: 2023
Gênero: Ação
Nota: 9/10

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.