Lançado em 2014, “A Teoria de Tudo”, sob a direção hábil de James Marsh, retrata a vida e obra do físico teórico e cosmólogo Stephen Hawking, indiscutivelmente um dos maiores cientistas de todos os tempos. A contribuição monumental de Hawking para o campo da física teórica, incluindo seus teoremas inovadores da singularidade gravitacional, confirmados em parceria com Roger Penrose, e as leis da mecânica dos buracos negros, junto a James M. Bardeen e Brandon Carter, são reverenciadas nesta produção cinematográfica.
Enquanto o filme pretendia retratar o gênio incomparável de Hawking, também se tornou um palco revelador para o talento em ascensão de Eddie Redmayne, um dos ícones mais brilhantes do século 21 no universo da sétima arte. Mesmo que alguns possam discordar das escolhas cinematográficas de Redmayne, é inegável a excelência e o comprometimento de suas performances.
Em seu mais recente papel no filme “O Enfermeiro da Noite”, Redmayne encarna a ambiguidade do espírito humano, exibindo uma capacidade inigualável para retratar a dualidade entre o bem e o mal. Especula-se que seu nome esteja sendo cogitado para disputar novamente o cobiçado prêmio de Melhor Ator. Caso isso se concretize, seria a sua terceira indicação. Notadamente, sua vitória em 2015 foi por sua performance em “A Teoria de Tudo”, uma atuação tão convincente que provocou elogios de Hawking, que expressou a Marsh, por e-mail, sua impressão de estar vendo a si mesmo em Redmayne.
A preparação de Redmayne para o papel exigiu uma dedicação extenuante. Embora ele e Hawking compartilhem a formação na prestigiosa Universidade de Cambridge, a interpretação exigiu estudo intenso, esforço e dedicação. Através de uma reunião com Hawking, perda de peso, interações com pacientes de doenças neurológicas degenerativas, treinamento corporal e estudos intensivos sobre a progressão da condição de Hawking, Redmayne entregou uma performance inesquecível, fiel e respeitosa.
A narrativa do filme, adaptada por Anthony McCarten do livro de Jane Hawking, “Viagem ao Infinito”, durante uma década, relembra os primeiros anos de Hawking na universidade, seu romance com Jane, e a descoberta de sua doença degenerativa. A doença não impediu Hawking de desenvolver trabalhos importantes para o campo astrofísico, em uma demonstração de resiliência, ou de construir uma relação de respeito e companheirismo com Jane, que durou 30 anos e prolongou-se ao longo de sua vida.
“A Teoria de Tudo”, com sua cinematografia de cores quentes e roteiro fiel à história real, foi aplaudido por Stephen e Jane Hawking. Este filme serve como um tributo duradouro, acessível a todos, não apenas a acadêmicos e cientistas, à vida e contribuições de Hawking. Além da atuação impecável de Redmayne, o filme também se destaca pelas performances notáveis de Felicity Jones, David Thewlis e Charlie Cox.
Stephen Hawking, cuja vida foi imortalizada neste drama biográfico, faleceu em 2018, quatro anos após o lançamento do filme. Sua história de perseverança, brilhantismo e contribuição inigualável para a ciência continuam a inspirar gerações. “A Teoria de Tudo” é mais do que um filme — é um testamento do espírito indomável da humanidade, expresso através da vida de um dos maiores cientistas do mundo e capturado pela magia imortal do cinema.
Filme: A Teoria de Tudo
Direção: James Marsh
Ano: 2014
Gênero: Biografia / Drama
Nota: 10/10