Quem foi contaminado pela rixa, mais besta do universo, de odiar argentinos não consegue admitir o óbvio: o cinema deles é bem melhor que o nosso (além de o Messi ser, também, melhor que o Neymar). Em defesa dos nossos tesouros nacionais, temos várias preciosidades do cinema novo, os filmes baseados nas obras do Nelson Rodrigues, Ronaldo Fenômeno e, claro, o Kléber Mendonça Filho, que chegou como terremoto para abalar nosso mundinho frágil e mostrou que ainda há esperança para nosso cinema. Brincadeiras à parte, é inegável que os argentinos sempre estiveram ao lado dos grandes da indústria cinematográfica, disputando os maiores prêmios e, às vezes, levando-os para casa. Nesta lista, a Revista Bula traz cinco filmes do cinema argentino que, não tem jeito, ganha de goleada do nosso. Destaques para “La Misma Sangre”, de 2019, de Miguel Cohan; “O Cidadão Ilustre”, de 2016, de Gastón Duprat e Mariano Cohn; e “Olhar Invisível”, de 2010, de Diego Lerman. Os títulos, disponíveis na Netflix, estão organizados de acordo com o ano de lançamento.
Elías é casado com Paulina, uma mulher depressiva que morre repentinamente em sua fazenda. O genro, Santiago, havia testemunhado um momento de tensão entre o casal e passa a suspeitar que Elías é o responsável pela morte de Paulina. Santiago decide investigar para o desespero de sua esposa, Carla. O filme é repleto de suspense, flashbacks e reviravoltas.
Um premiado escritor argentino deixou sua terra natal para viver na Europa há quatro décadas. Até que seus conterrâneos decidem agraciá-lo com uma homenagem, que ele nostalgicamente decide aceitar. De volta à pequena cidade em que cresceu e que inspira suas histórias, o escritor percebe que possui diferenças irreconciliáveis com seu próprio povo.
Maria é uma jovem professora de ensino médio, que controla sua classe de adolescentes com rigidez e severidade. Sua postura é aprovada pelo coordenador da escola, o senhor Biasutto, uma figura sinistra e repressiva. Nesta escola de elite, os alunos seguem como zumbis as normas absurdamente rígidas. No entanto, por trás da fachada perfeita de Maria, há algumas rachaduras. Por exemplo, quando ela desenvolve um romance com um dos alunos, enquanto permite que Biasutto a corteje fora da escola.
Alex nasceu hermafrodita e seus pais, Kraken e Suli, decidiram se mudar para o Uruguai para proteger a criança do preconceito. Anos mais tarde, quando Alex já é adolescente, a família recebe a visita de um antigo casal de amigos. Eles possuem um filho, Álvaro. O rapaz logo demonstra interesse por Alex. No entanto, a adolescente ainda está descobrindo sua sexualidade.
Alicia e Roberto são um casal de classe média e possuem uma filha adotiva. Completamente alheia à realidade política do país, Alicia reencontra uma velha amiga que vivia no exílio. A história da mulher deixa Alicia encabulada. Ela começa a pensar que os pais biológicos da filha adotiva são exilados políticos e que seu marido é um colaborador do regime militar.