Embora muitos acreditem que a tecnologia irá substituir os livros impressos, ainda existem cidades que são verdadeiros refúgios para os leitores tradicionais. Em busca de cidades mais sustentáveis e criativas, a organização World Cities Culture Forum realiza pesquisas, eventos e reúne os líderes das metrópoles mais influentes de todo o mundo. Com base em dados disponibilizados pela instituição, a Revista Bula elaborou um ranking com as dez cidades que possuem o maior número de livrarias para cada 100 mil habitantes. A China foi o país que se destacou, com quatro cidades na lista: Chengdu, Xangai, Taipei e Hong Kong. A seleção não considerou as bibliotecas públicas de cada país, apenas lojas de livros novos ou usados.
Melbourne é a segunda cidade mais populosa da Austrália, atrás apenas de Sidney. Conhecida como a capital cultural do país, o local é considerado um importante centro internacional de artes cênicas e visuais na Oceania. Com uma população de aproximadamente 4,3 milhões de moradores, Melbourne é a cidade com a maior número de livrarias por habitantes no mundo: em média, são 33,9 lojas para cada 100 mil pessoas.
Para os que adoram caminhar por livrarias antigas e charmosas, Buenos Aires pode ser um verdadeiro paraíso. Com aproximadamente 2,8 milhões de habitantes, a capital da Argentina é a segunda cidade do mundo com o maior número de livrarias por habitantes: são 22,6 unidades para cada 100 mil pessoas. E há algumas que são verdadeiras joias, como a El Ateneo Grand Splendid, eleita a segunda livraria mais bonita do mundo pelo jornal “The Guardian”.
Chengdu é uma cidade do sudoeste da China, capital da província de Sichuan. Com cerca de 4,6 milhões de habitantes, o local é um importante polo econômico e cultural do país. A cidade também é a terceira do mundo com o maior número de livrarias por habitantes, com cerca de 21,6 unidades para cada 100 mil pessoas. Além dos livros, o que mais atrai turistas para a cidade são os centros de pesquisa e preservação de pandas gigantes.
Hong Kong é uma das regiões administrativas da China e um dos destinos mais importantes da Ásia. É um lugar cosmopolita, com quase 8 milhões de habitantes e o maior número de arranha-céus do mundo. A cidade também se destaca pelo número de livrarias que possui, sendo a quarta colocada do ranking: são, em média, 17,8 unidades para cada 100 mil habitantes. Entre as mais famosas, está a People’s Recreation Community, especializada em livros proibidos na China.
Apesar de pequena em território, Taipei possui muitas semelhanças com grandes metrópoles chinesas e abriga 2,6 milhões de habitantes. Localizada ao norte de uma região conhecida como Ilha Formosa, a cidade tem sua economia voltada para a produção de alta tecnologia. Mas, a tradição da leitura não perdeu espaço: Taipei abriga, em média, 16,4 livrarias para cada 100 mil habitantes. A rede mais conhecida é a Eslite, que tem cerca de doze lojas na cidade.
Xangai é a maior cidade da China e uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, com mais de 24 milhões de habitantes. A cidade é um destino turístico famoso por seus marcos históricos e por sua reputação como um centro cosmopolita cultural. Xangai possui também uma grande quantidade de livrarias, com cerca de 15,7 unidades para cada 100 mil pessoas. Entre as mais conhecidas, está a Zhongshuge, uma livraria futurista.
Com 2,8 milhões de habitantes, a capital da Itália é um dos locais mais importantes para a história da humanidade e está entre as 20 cidades mais visitadas do mundo. Com forte tradição cultural, Roma possui, em média, 15,2 livrarias para cada 100 mil habitantes. As mais populares entre os turistas são a Feltrinelli, uma das mais tradicionais da Itália, e a Open Door, que vende livros usados a preços baixos e é administrada pela mesma família há mais de meio século.
Com cerca de 483 mil habitantes, a capital da Escócia foi reconhecida, em 2004, como a primeira Cidade da Literatura pela Unesco, título que se reflete na quantidade de livrarias espalhadas pela cidade: são 10,6 lojas para cada 100 mil pessoas. Edimburgo sedia anualmente a maior feira de livros do mundo, o Festival Internacional do Livro de Edimburgo. A cidade também oferece tours inspirados em escritores famosos, como Conan Doyle e J.K. Rowling.
A capital do Canadá é a maior cidade e centro financeiro do país. Com aproximadamente 2,7 milhões de habitantes, é considerada um centro internacional de negócios e cultura, sendo eleita pela “The Economist” a quarta melhor cidade do mundo. Para os amantes da literatura, Toronto é um ótimo destino e possui 12,4 livrarias para cada 100 mil pessoas. Fundada em 1931, a Acadia é uma das mais tradicionais da cidade, especializada em livros raros.
Apesar de ser uma cidade supermoderna e tecnológica, Tóquio não abandonou a tradição dos livros impressos. Com uma população estimada de 9,3 milhões de habitantes, a cidade abriga 12,2 livrarias para cada 100 mil pessoas. O distrito de Jimbocho, conhecido como “A cidade dos livros de Tóquio”, é totalmente dedicado à literatura e abriga mais de 170 livrarias, das quais aproximadamente 50 são especializadas em livros raros.