A Netflix incluiu nesta semana quatro novos filmes em seu catálogo, reforçando a estratégia de atualização constante para ampliar o leque de opções disponíveis ao público. A movimentação acompanha o crescimento do consumo de streaming no Brasil e em outros países, em que o acesso a lançamentos e a produções já consolidadas influencia diretamente a escolha de entretenimento para o fim de semana.
O recorte atual reúne filmes estrangeiros lançados entre meados da década de 2000 e o final da década de 2010. A seleção abrange diferentes gêneros, como drama histórico, suspense policial, ação e terror psicológico. Ao lado da diversidade de temas, os filmes também dialogam com contextos distintos: desde narrativas que revisitam acontecimentos políticos até histórias ficcionais que exploram dilemas individuais.
O interesse por estreias na plataforma é relevante porque reflete tendências de programação e oferece acesso a produções que circularam em salas de cinema ou em outros serviços nos últimos anos. Neste caso, a lista combina filmes baseados em fatos com adaptações literárias e narrativas originais, permitindo observar como diferentes formatos convivem no mesmo espaço digital.
A seguir, apresentamos os quatro filmes que entraram no catálogo nesta semana. O leitor encontrará opções que se distribuem entre gêneros variados e períodos de lançamento distintos, adequadas para quem pretende organizar a programação de sábado e domingo com produções de suspense, drama e ação disponíveis diretamente no streaming.

Décadas depois dos horrores vividos no hotel retratado em “O Iluminado”, o menino com dons psíquicos tornou-se um adulto atormentado, marcado pelo alcoolismo e por lembranças que não o deixam em paz. Tentando reconstruir a vida, ele passa a trabalhar em um hospício e descobre uma maneira de usar sua habilidade para trazer conforto a pacientes em seus últimos momentos. A estabilidade é abalada quando uma adolescente com poderes ainda mais fortes pede sua ajuda para escapar de um grupo nômade chamado “O Verdadeiro Nó”, que caça crianças especiais para absorver sua energia. A fuga leva os dois por estradas, emboscadas e confrontos em que cada escolha pode ser fatal. O passado retorna com força quando o protagonista precisa revisitar corredores e portas que guardam fantasmas antigos. Entre coragem e medo, a luta se torna não apenas pela sobrevivência, mas também pela chance de transformar trauma em redenção.

Um horticultor idoso, falido e afastado da família aceita transportar cargas misteriosas pelas estradas sem fazer perguntas. No início, acredita ser apenas um serviço simples, mas logo percebe que se tornou peça valiosa para um cartel. A idade avançada e a aparência inofensiva o tornam invisível para as autoridades, o que faz suas viagens parecerem seguras. Com o dinheiro crescente, tenta consertar erros antigos e se reaproximar da filha, mas a cada parada, motel e oficina, aumenta também o peso da consciência. Enquanto isso, agentes federais rastreiam pistas e apertam o cerco. O protagonista segue dividindo o tempo entre pequenos gestos de bondade e compromissos perigosos com criminosos que não aceitam falhas. Quando o risco chega ao limite, ele precisa decidir o que salvar: o orgulho, a família ou a própria vida. A estrada final não é apenas física, mas também um caminho em direção a admitir culpas antigas.

Nos anos 1970, um detetive negro recém-chegado à polícia de Colorado Springs aceita o desafio de se infiltrar em uma organização racista que espalha medo e violência. Pelo telefone, ele finge ser simpatizante e conquista a confiança de líderes extremistas, enquanto um colega branco se apresenta pessoalmente usando seu nome. A cada ligação, encontros e trocas de informações, o risco aumenta. O grupo começa a planejar ataques e rituais, e a operação precisa ser precisa para impedir tragédias. O protagonista equilibra ironia e firmeza ao mesmo tempo em que descobre como o preconceito se infiltra em discursos, rádios e instituições locais. O contato direto com figuras influentes, inclusive o então líder nacional, amplia a tensão e exige ainda mais jogo de cintura. A investigação mostra como coragem e criatividade podem enfrentar o ódio organizado, mas também alerta que o racismo permanece vivo, mudando de rosto, mas nunca de intenção.

Após o massacre de atletas israelenses durante os Jogos Olímpicos de 1972, um agente é convocado para comandar um grupo secreto encarregado de eliminar envolvidos no atentado. A equipe viaja por cidades da Europa e do Oriente Médio, usando informantes, disfarces e engenhosas armadilhas. Cada operação precisa ser executada em silêncio, mas mesmo o sucesso traz consequências inesperadas, desde represálias violentas até questionamentos internos. O protagonista começa a perceber o peso da missão enquanto a paranoia cresce e os vínculos de confiança se desfazem. Quartos de hotel vigiados, chamadas codificadas e explosões mal calculadas transformam a retaliação em um jogo de sobrevivência. A pergunta sobre justiça e vingança se torna cada vez mais difícil de responder. O silêncio após cada morte não traz paz, apenas dúvidas mais profundas. Ao final, a jornada deixa claro que cumprir ordens pode custar mais caro do que falhar em alcançá-las.