O fascínio por histórias de reis, rainhas e imperadores ultrapassa os séculos. O cinema, como ninguém, sabe traduzir esse magnetismo em narrativas que misturam o rigor histórico com as doses certas de dramatização. Intrigas palacianas, batalhas épicas e disputas de poder que transportam o público para épocas em que decisões individuais moldaram o destino de nações inteiras. A realeza, com sua aura de trágica, continua a despertar a curiosidade de todos. Não apenas pela vida luxuosa, mas também pela fragilidade humana que se esconde sob suas coroas e mantos.
A Revista Bula reuniu alguns filmes disponíveis na Netflix que resgatam figuras reais da história mundial. Títulos que oferecem ao espectador a chance de revisitar episódios decisivos da historia, não como meros registros de livros didáticos, mas como experiências emocionais intensas, traduzidas em imagens de enorme impacto visual, sem se preocupar tanto em reconstituir fielmente os fatos.
Esses filmes propõem uma leitura contemporânea sobre liderança, poder e resistência, questionando a narrativa convencional e abrindo espaço para visões mais complexas. Os conflitos vivenciados pelas realezas vão além da política: paixões, traições, coragem, sobrevivência em contextos hostis. Essas lições históricas são universais e continuam dialogando com os humanos de hoje.

No reino do Daomé, um grupo de guerreiras conhecido como Agojie protege o território com disciplina e ferocidade incomparáveis. Treinadas desde cedo, elas enfrentam inimigos externos e internos, combatendo tanto exércitos rivais quanto o peso das tradições que ameaçam sua liberdade. A liderança firme da general que as comanda inspira novas recrutas, especialmente uma jovem que precisa provar sua coragem em um mundo de violência e sacrifício. Juntas, essas mulheres desafiam a lógica de seu tempo, provando que a força de um reino não reside apenas nos reis, mas também na determinação de quem escolhe resistir.

Henrique, um jovem príncipe relutante em assumir responsabilidades, vê-se inesperadamente coroado após a morte de seu pai e a instabilidade da coroa. Lançado em um mundo de intrigas políticas e guerras iminentes, ele precisa aprender rapidamente a governar, equilibrando conselhos dúbios, alianças frágeis e inimigos astutos. Sua maior prova surge na Batalha de Azincourt, onde coragem, estratégia e sangue frio definem não apenas o destino de um exército, mas também sua própria legitimidade como soberano. A jornada transforma um herdeiro desacreditado em líder temido, ainda que às custas de inocência e ideais.

Maria Stuart retorna à Escócia após a viuvez precoce e reivindica seu direito ao trono, o que a coloca em choque direto com sua prima Elizabeth, rainha da Inglaterra. A tensão entre as duas cresce em meio a conspirações políticas, alianças instáveis e jogos de poder que atravessam conselhos, igrejas e cortes. Enquanto Maria tenta consolidar sua autoridade e lidar com traições internas, Elizabeth equilibra a coroa com o medo de perder sua posição. A rivalidade se intensifica até transformar-se em uma batalha simbólica entre duas mulheres presas em um sistema dominado por homens, onde cada escolha tem peso de vida ou morte.

Após a execução de um aliado, Robert the Bruce decide desafiar o domínio inglês e reivindicar a coroa escocesa. Isolado, com poucos seguidores fiéis e considerado traidor por muitos, ele embarca em uma luta que parece impossível: unir um povo dividido contra um império poderoso. Em meio a batalhas brutais, traições inesperadas e sacrifícios pessoais dolorosos, ele transforma a fragilidade em força, reorganizando seu exército e desafiando diretamente o inimigo. Sua trajetória é marcada pela resiliência e pelo desejo de libertar a Escócia, mesmo que isso signifique arriscar tudo o que ama.