O suspense trabalha com nossas ansiedades mais íntimas, explora medos universais e cria atmosferas em que a tensão se torna palpável. A Revista Bula selecionou na HBO Max alguns títulos recentes que oferecem experiências que vão além das tramas de investigação. Personagens ambíguos, segredos perturbadores e dilemas morais que vão prender o público até o último segundo. Aqui, a previsibilidade não tem espaço. Cada cena é uma promessa de revelação ou de choque.
Ver um suspense bom não significa acompanhar crimes ou perseguições. Os jogos psicológicos que questionam o certo e o errado também fazem parte. O maior inimigo não é o externo, mas aquele que vive dentro de nós e revela nossas contradições. Esses filmes revelam como a ambição, o medo, a solidão e a culpa podem empurrar indivíduos para situações extremas, expondo fragilidades humanas que todos preferimos esconder.
Nessa lista, o espectador vai encontrar enredos que transitam entre a vingança, o mistério, a crítica social e o terror sobrenatural. Cada filme, à sua maneira, traz uma visão particular sobre como o medo e a tensão moldam decisões e destinos. Essas obras são exemplos de como o suspense é um gênero que se reinventa justamente por lidar com coisas que nunca nos deixam de assombrar.

Dois irmãos gêmeos retornam à sua cidade natal no sul profundo dos Estados Unidos, em plena década de 1930, dispostos a recomeçar a vida longe dos fantasmas do passado. Eles trazem consigo recursos escapados de redes criminosas e decidem estabelecer uma casa de shows dedicada ao blues, gênero musical que pulsa como promessa de cura, expressão e resistência entre os moradores locais. À medida que vão reerguendo o estabelecimento, encantam amigos e artistas — músicos improvisadores, uma cantora, um cozinheiro, fornecedores diversos, comunidades negras e marginalizadas — e começam a construir espaço de convívio, cultura e esperança. Mas a atmosfera idílica logo se fragmenta: lendas populares, superstições, evoque entidades ameaçadoras que sugerem que há forças antigas, sobrenaturais, conectadas à terra e ao silêncio

Iris e Josh vivem um romance digno de cinema. Após se conhecerem em um mercado, os dois rapidamente se apaixonam e embarcam em um relacionamento intenso. Para aproveitar um fim de semana especial, eles viajam para uma luxuosa casa de campo com amigos, buscando descanso e diversão. No entanto, o que deveria ser um retiro tranquilo se transforma em um verdadeiro pesadelo quando uma revelação inesperada muda tudo: Iris é, na verdade, um robô. A descoberta desencadeia uma série de eventos caóticos, com perseguições, violência e segredos vindo à tona. Em meio ao terror, Iris, uma máquina altamente sofisticada, precisa lutar para sobreviver e entender sua própria existência. Misturando suspense, terror e comédia, o filme aborda temas como idealizações românticas e relações de gênero, explorando os limites entre humano e máquina. Enquanto a tensão aumenta, a grande questão permanece: será que alguém sairá vivo desse fim de semana?

Algo persegue três mulheres ao longo dos anos e continentes. Só elas sentem sua ameaça opressiva e gritam. Cada uma, em diferentes momentos e lugares, experimenta uma sensação inexplicável de perseguição, como se uma presença invisível estivesse sempre à espreita. As manifestações dessa entidade são sutis, mas intensas, deixando as mulheres em constante estado de alerta. Elas tentam entender o que está acontecendo, mas a falta de evidências concretas torna suas experiências difíceis de compartilhar e acreditar. À medida que suas histórias se entrelaçam, elas começam a perceber padrões e conexões que sugerem que estão sendo alvo de uma força além de sua compreensão. A luta para sobreviver e entender essa ameaça se torna uma jornada de resistência e descoberta, desafiando suas percepções da realidade e da própria sanidade.

Uma adolescente solitária retorna à antiga casa da família ao lado da mãe e descobre que o lugar continua habitado por entidades irreverentes que não perderam o gosto pela confusão. Ao invocar forças que não compreende totalmente, ela reacende a presença de um espírito trapaceiro, disposto a transformar o cotidiano em um espetáculo de caos. O que parecia apenas uma visita melancólica se transforma em uma aventura sobrenatural, onde vivos e mortos precisam negociar suas coexistências. Entre humor ácido, assombrações e dilemas familiares, a trama revela que nem sempre é fácil conviver com fantasmas do passado — literais e metafóricos.