5 leituras para quem prefere Virginia Woolf à terapia

5 leituras para quem prefere Virginia Woolf à terapia

É curioso como algumas pessoas lidam com a vida mergulhando no caos para esquecê-la. Outras, com mais sorte ou menos senso prático, preferem a literatura, essa terapia não regulamentada que dispensa crachá, diploma e horário marcado. Se Virginia Woolf substitui sua analista e Sylvia Plath fala mais alto que o seu grupo de apoio, este texto é para você. Aqui, os personagens não querem se resolver, querem se escrever. E tudo bem: às vezes, não entender é o primeiro passo para continuar vivendo.

Pode respirar fundo (ou suspirar), porque não há autoajuda nem frases prontas à vista. O que temos aqui é uma seleção feita com bisturi, ou talvez navalha, de autoras que não apenas falam sobre dor, mas escrevem a partir dela, por dentro dela, como quem desce uma escada sem corrimão. São obras que não suavizam a loucura, o luto, o delírio da existência, mas também não os romantizam. Leem-se como quem espia o próprio reflexo numa vitrine suja: um pouco distorcido, um pouco bonito, absolutamente inevitável.

Esta lista não foi feita para quem busca respostas, nem diagnósticos. Ela foi feita para quem coleciona perguntas, desconfia de soluções simples e se sente mais compreendido por Clarice do que por qualquer terapeuta. Se o divã sempre lhe pareceu desconfortável demais para a quantidade de angústia que você carrega, talvez o melhor caminho ainda seja o das páginas. A seguir, cinco obras para quem entende que, às vezes, o silêncio de uma frase bem escrita vale mais que horas de escuta ativa.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.