7 livros que mereciam trilha sonora de brega funk

7 livros que mereciam trilha sonora de brega funk

Atenção, senhoras e senhores, pois esta lista vem com grave risco de você querer dançar agarrado com um livro no meio da sala. Sim, porque há histórias que pedem mais que uma trilha sonora clássica e orquestrada, elas imploram por batidão. Quando a protagonista sofre, é pra tocar com grave distorcido. Quando o personagem principal se humilha por amor, a gente quer um refrão chiclete gritando “eu fiz tudo por você e você nem tchum”. E quando vem a reviravolta? Ah, aí é hora do drop. Não subestime o poder narrativo de um brega funk: ele sabe transformar tragédia em hino.

Se você achou exagero, talvez ainda não tenha lido uma cena de adultério que implora por um “senta, senta, senta com respeito”. Ou aquele drama existencial tão intenso que só poderia ser vivido ao som de MC Kevin o Chris filosofando sobre abandono emocional. Porque literatura, minha amiga, não é feita só de sutilezas: tem muito livro por aí que berra, rebola, implora por um beat que o traduza, ou que o desmoralize com gosto. E se Clarice é jazz, certas narrativas contemporâneas são batidão no volume máximo às três da manhã, com vizinho gritando na janela.

Esta lista é uma ode ao exagero necessário. Não aos exageros literários ruins, esses a gente abandona no segundo capítulo, mas àqueles que nos lembram que a arte também é descontrole, afetação, dor com purpurina e ciúmes com coreografia. São livros que não cabem no silêncio da leitura comportada. Eles pedem pista, luz neon e passinho sincronizado com trauma. E agora, sem mais delongas, vamos aos sete escolhidos que, com todo respeito, mereciam sim uma trilha sonora de brega funk.