7 livros russos para ler com vodka na mão e angústia no peito

7 livros russos para ler com vodka na mão e angústia no peito


Dizem que a literatura russa é como aquele amigo que só aparece pra te lembrar que a vida é sofrimento, que o amor é uma ilusão social e que tudo isso pode, e deve,  ser lido com um copo na mão. De preferência, um copo de vodka, porque a água não tem álcool suficiente para suportar as reflexões de um Dostoiévski às três da manhã. Esses livros não são leituras leves, nem querem ser. Eles entram em silêncio na sua alma, puxam uma cadeira, e começam a falar sobre culpa, morte, niilismo e burocracia com tanta intensidade que até o fundo do copo parece profundo demais. A Rússia pode até ser fria, mas seus escritores sabem como aquecer um leitor com sofrimento bem narrado.

Não há espaço para delicadezas aqui. Em vez de romances açucarados ou finais reconfortantes, você encontrará homens em crise existencial, mulheres que amam o impossível, burocratas que compram almas de mortos e diabos que aparecem em Moscou porque, claro, por que não? É uma maratona emocional feita de frases longas, parágrafos densos e perguntas que ninguém quer responder em voz alta, tipo “o que estou fazendo da minha vida?” ou “e se a morte for só um vazio sem sentido?”. Cada página é um gole amargo e uma bofetada filosófica que você pediu sem perceber. Mas não se preocupe, todo mundo termina chorando no final, então você estará em boa companhia.

Portanto, se você já terminou aquele romance americano fofinho e sentiu que faltava alguma tragédia, está no lugar certo. Estes sete livros russos não apenas te desmontam por dentro, como fazem isso com classe, estilo e aquele desespero existencial que só quem já encarou -30º na alma pode escrever. Prepare o coração, o fígado e uma playlist melancólica. Nada de “leves reflexões” aqui. São crises existenciais com direito a duelo, delírio e devaneio metafísico. E, se possível, leia de madrugada, porque é assim que a literatura russa funciona melhor: quando o silêncio é pesado, a solidão é real e a vodka é a única que te entende.