Crônicas do paraíso

Dos leitores. Aos leitores

Dos leitores. Aos leitores

Leitores interpelam o cronista sobre tudo: se pensa antes de escrever, se crônicas precisam fazer sentido, como falou com Seu Osvaldo morando em Bled, se vive mesmo na Eslovênia. Querem signo, ideias, amigos, idade, livros, nome, horário de acordar, bebida matinal, extravios diários. Perguntam de laudas, de vida em outros planetas, do tamanho do lago. Duvidam da veracidade, não perguntam nada, xingam de farsa. Ele responde seco: com a boca, de ônibus, com plantas, café, uma volta; e corrige nada.

Como é que se diz alma lavada

Como é que se diz alma lavada

Quando a partida caminha para o final do segundo tempo, um pênalti é anotado. A torcida brasileira gruda os olhos na TV e quem coloca a bola na marca de cal é ela, Cármen, jogadora de trajetória sólida e consistente. Os espectadores não têm dúvida de que o gol virá, mesmo que do outro lado, imóvel como se estivesse preso debaixo do travessão, esteja um goleiro ainda muito amado pela torcida.