Por mais que a sociedade se previna e mesmo se arme e que a polícia cumpra seu papel constitucional de defender o cidadão de bem, os bandidos não sossegam. Oscilando propositalmente de trechos mais reflexivos, sobretudo no começo, para as sequências em que a ação dá mesmo o tom, “Bullet Head” (2017) questiona incessantemente as escolhas de seus protagonistas, e o diretor Paul Solet deixa os possíveis julgamentos para a audiência.

Drogas pesadas, como açúcares, conservantes, músicas depressivas, consumismo e séries de televisão podem nos tornar dependentes por muitos e muitos anos de nossas vidas. Algumas, para sempre, como é o caso de “Friends”. Se você precisa de uma fuga da realidade e está disposto a mergulhar no profundo vício que pode ser o entretenimento, conheça as melhores séries lançadas pela Netflix em 2022, até o momento.

Uma das figuras mais reverenciadas e controversas da poesia nacional, Manoel de Barros (1916-2014) deixa-se finalmente estudar pela curiosidade do público em geral, representado pelo diretor pernambucano Pedro Cezar, um seu admirador confesso, em “Só Dez Por Cento é Mentira” (2010), retrospectiva da vida de Barros e o impacto de sua obra — popularizada tardiamente, quando já contava 72 anos — no quase sempre monótono cenário cultural brasileiro.

O thriller político hipnotizante de Romain Gavras é uma das melhores, senão a melhor das surpresas de 2022 na Netflix. Com cenas grandiosas de explosões e pirotecnias, o filme tem uma estética lindíssima, mas que não ofusca a mensagem. Uma tragédia grega, uma ópera. O longa-metragem conta a história de irmãos movidos pelo desejo de justiça e a capacidade do amor e do ódio de promover uma revolução.