O que não se falou após a morte de Elizabeth II, Jô Soares e outras celebridades

O que não se falou após a morte de Elizabeth II, Jô Soares e outras celebridades

Sempre que uma celebridade morre eu preparo meu estômago. Porque sei que as redes sociais vão ser inundadas de mensagens. A maioria é apenas banal. Mas o pior é que muitas revelam dois comportamentos detestáveis: o vampirismo do luto e o ativismo de bar. Duas mortes recentes geraram um dilúvio de demonstrações disso: a da Rainha Elizabeth II e a de Jô Soares. Se você exibiu alguns desses comportamentos que eu vou citar, não fique bravo comigo.

O corpo é uma droga

O corpo é uma droga

Eivado de hipocrisia, reencontrou-a no horário desmarcado. Um acaso dos diabos. Eram dois raios que volta e meia caíam sempre no mesmo lugar. A cama. Largavam-se na cama. Alargavam os horizontes. Zoneavam. A cama era como um campo de entrega, de colheita e de fastio. Ali se plantava. Ali se colhia. Escolheram qualquer colheita, o que viesse já estava de bom tamanho para além do estio.

Violento e maluco, filme com Queen Latifah que acaba de estrear na Netflix vai te agonizar por 89 minutos Ursula Coyote / Netflix

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Mães costumam ser dotadas de uma sensibilidade algo sobrenatural quanto a identificar o que é necessário ser feito para a preservação de sua espécie e colocar as mãos à obra, preferindo achar que todo sacrifício é pouco e que enquanto permanecerem todos juntos não há de acontecer nada de tão ruim. Esse é o perfil da mãe sobre quem Millicent Shelton se debruça em “Fim da Estrada” (2022), carregando nas tintas de assuntos sempre urgentes.

Comovente e delicioso, filme da Netflix vai tocar seu coração e acalmar sua alma Divulgação / Natxo Martinez Hermoso

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O cinema da Espanha, além de colocar na praça filmes quase sempre irretocáveis, tem se caracterizado pela regularidade. Não se passa um ano, com ou sem pandemia, em que o público não se surpreenda com um lançamento da indústria cinematográfica do país, cada vez mais vigorosa não só por contar com vultoso investimento estatal, mas principalmente pela filosofia de reunir profissionais que não se permitem estagnar intelectualmente. “Viver Duas Vezes” é mais um exemplo do que pode o cinema quando cai em mãos zelosas.

5 ótimos filmes que exploram o realismo mágico para assistir na Netflix Divulgação / Focus Features

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Os artistas sempre travaram uma perseguição o seu tanto insana no encalço da atenção do público, por sua vez sempre disperso. É do ofício de quem lida com arte estar em constante busca por alguma coisa nova, realmente nunca vista, seja do ponto de vista da criação mesma, ou quer se trate da forma como se vai levá-la ao público. Quanto mais tentam aprisionar o homem em gaiolas, ainda que douradas, mais a natureza humana, teimosa, se arvora em romper limites e voar, voar alto.