Autor: Revista Bula

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

Onze escritores formam a Seleção Literária Americana definitiva. Uma escalação que não celebra uma tradição — mas a reinventa. São autores que transformaram forma em fratura, estilo em ética, linguagem em território de disputa. De Melville a Baldwin, de Dickinson a McCarthy, esta equipe traça o mapa da literatura americana em sua tensão mais alta. No comando, Walt Whitman. Não como técnico, mas como batimento inaugural. Esta não é uma lista. É uma arquitetura viva. Uma convocação estética. Uma escuta radical daquilo que o país nunca conseguiu dizer em voz plena.

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Nesta seleção, Stephen King revela um repertório literário surpreendente, marcado menos pelo medo explícito e mais pela corrosão silenciosa. Ausentes os nomes clássicos do terror, o autor opta por narrativas em que a inquietação emerge das falhas morais, das instituições decadentes e da linguagem em colapso. O horror aqui não se impõe — infiltra-se. São obras que desconstroem o consolo narrativo e instauram uma tensão duradoura, desconfortável, ética. O resultado não é uma lista de predileções arbitrárias, mas um gesto de leitura comprometido com o incômodo. Nenhuma dessas histórias oferece alívio. Todas sustentam a permanência do abismo.

A história da livraria mais antiga do mundo ainda em operação

A história da livraria mais antiga do mundo ainda em operação

No coração do Chiado, em Lisboa, há uma livraria que não apenas sobreviveu ao tempo — ela o desacelerou. Fundada em 1732 e reconhecida como a mais antiga do mundo ainda em operação, a Livraria Bertrand resiste sem alarde, sem vitrines sedutoras ou slogans. Mais que um espaço comercial, ela é um abrigo da palavra impressa, onde o silêncio tem memória e os livros parecem esperar por nós há séculos. Este ensaio percorre suas salas como quem respira história — e escuta, devagar, o que ainda não foi dito.

De Tchékhov a Tolstói: a seleção definitiva da literatura russa

De Tchékhov a Tolstói: a seleção definitiva da literatura russa

Imagine os maiores escritores da literatura russa escalados como um time de futebol, em formação 4-3-3, onde cada posição em campo reflete estilo, impacto e personalidade literária. De Tchékhov no gol a Tolstói na ponta-esquerda, passando por Dostoiévski como centroavante da alma humana, essa seleção revela o poder criador de uma tradição que marcou a história. Com Gógol como técnico, símbolo da ambiguidade entre fronteiras e gêneros, o time está pronto para jogar — não para vencer partidas, mas para transformar quem assiste.

A cultura do cancelamento explicada por Nietzsche

A cultura do cancelamento explicada por Nietzsche

Na calçada molhada de um tempo que se dobra sobre si mesmo, um grito se espalha sem voz. Nem rua, nem rosto, apenas um estalo seco, virtual, nas costuras da modernidade. Alguém cai. Alguém aplaude. A multidão se move como cardume, mas com dentes. Ali, entre os escombros digitais do dia anterior, Nietzsche caminha sem capa, sem século, sem filtro. Talvez o filósofo que falou com martelos soubesse algo sobre essa nova liturgia de execuções simbólicas. Talvez não. Mas seu eco ainda caminha conosco, como um delator invisível.