Autor: Marcelo Costa

Um ícone cultural que transcendeu gerações — maior papel da carreira de John Travolta está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Um ícone cultural que transcendeu gerações — maior papel da carreira de John Travolta está na Netflix

Poucos filmes conseguem transcender as décadas e permanecer culturalmente relevantes sem depender da nostalgia como muleta. “Grease — Nos Tempos da Brilhantina” é um desses casos raros. Quando lançado em 1978, sua recepção crítica foi marcada por reservas quanto à suposta atenuação da rebeldia presente no espetáculo original da Broadway. A adaptação trocava a ambientação urbana de Nova York por uma versão ensolarada e idealizada da Califórnia dos anos 1950, onde a juventude parecia viver entre a euforia do rock’n’ roll e os dramas sentimentais com toques de exagero.

Ame ou odeie, mas esse foi o filme que revelou um dos maiores talentos da atualidade, Jacob Elordi, ao mundo, na Netflix Divulgação / Netflix

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“A Barraca do Beijo” consegue capturar a atenção do público ao equilibrar a familiaridade do gênero com uma química genuína entre os personagens. A trama segue o tradicional enredo de comédia romântica adolescente: uma jovem, Elle, se vê dividida entre a amizade com Lee, seu melhor amigo, e o irresistível irmão deste, Noah, com quem ela começa um romance secreto. Apesar de ser claramente influenciado por filmes como “O Primeiro Amor” e “De Repente 30”, que exploram o dilema do melhor amigo apaixonado pela garota, o filme cativa pela leveza e a energia envolvente entre os protagonistas.

O melhor filme de ação do último ano está no Prime Video — e prova que charme, cérebro e soco podem coexistir Divulgação / Universal Pictures

O melhor filme de ação do último ano está no Prime Video — e prova que charme, cérebro e soco podem coexistir

Num tempo em que a ação virou sinônimo de tela verde, multiversos cansativos e piadas automáticas, este filme aposta no que há de mais palpável: suor, quedas e carisma. Com Ryan Gosling e Emily Blunt em sintonia precisa, a trama mistura romance atrapalhado, pancadaria coreografada e uma metalinguagem que diverte sem pretensão. Dirigido por quem já apanhou por profissão, é um elogio ao risco real em cena.

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix Divulgação / Pandastorm Pictures

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix

A partir da estrutura desgastada da comédia romântica, o filme constrói algo mais sutil e emocionalmente honesto. Em vez de correr para o clímax esperado, aposta em silêncios, pausas, jogos de linguagem e afetos retidos. O foco não está no “felizes para sempre”, mas no desconforto de se olhar no espelho quando as máscaras caem. Um encontro improvável vira espaço de escuta, onde a intimidade se revela sem alarde — mas com precisão cirúrgica.

Prequela de franquia que levou 100 milhões de espectadores aos cinemas e arrecadou 5 bilhões no mundo inteiro, está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Prequela de franquia que levou 100 milhões de espectadores aos cinemas e arrecadou 5 bilhões no mundo inteiro, está na Netflix

O que poderia ter sido um relato épico sobre a irrupção de um novo apocalipse se transforma, em vez disso, em um thriller intimista, guiado pela jornada de Samira (Lupita Nyong’o) e Eric (Joseph Quinn) em uma Nova York que se torna, a cada ruído, um campo de caça para predadores implacáveis. Samira, gravemente doente, encara a catástrofe com uma resignação melancólica, enquanto Eric, lidando com traumas não explicitados, se torna um parceiro improvável nessa travessia pelo desconhecido.