Autor: Marcelo Costa

O filme perfeito para quem já amou de verdade — e sabe que o amor também pode ser um tipo de loucura. No Prime Video Divulgação / Wolflight

O filme perfeito para quem já amou de verdade — e sabe que o amor também pode ser um tipo de loucura. No Prime Video

Em longa sul-africano sobre envelhecimento e autonomia, “Um Tipo de Loucura” observa como vínculos de décadas enfrentam a erosão da memória e a vigilância institucional. Christiaan Olwagen dirige com atenção a gestos cotidianos e à tensão entre proteção e controle, apoiado por Sandra Prinsloo e Ian Roberts em atuações contidas. Fotografia e som favorecem proximidade, sem dramatizações fáceis, enquanto a narrativa alterna passado e presente para examinar responsabilidade familiar e limites do afeto.

Um retrato devastador sobre o amor, o tempo e a solidão — daqueles filmes que não acabam quando terminam. No Prime Video Divulgação / TS Production

Um retrato devastador sobre o amor, o tempo e a solidão — daqueles filmes que não acabam quando terminam. No Prime Video

Adaptação de romance oitocentista em tom sóbrio, o filme acompanha a formação emocional de uma herdeira normanda diante de convenções que transformam afeto em patrimônio. Elipses e silêncio conduzem o relato sem grandiloquência, com a câmera próxima aos rostos para registrar pequenas decisões que se acumulam ao longo dos anos. O foco recai menos em vilões e mais em mecanismos sociais que naturalizam tutela masculina e administração da vida privada.

O filme de ação francês mais assistido de 2025 (e um dos mais assistidos da história da Netflix) Christophe Brachet / Netflix

O filme de ação francês mais assistido de 2025 (e um dos mais assistidos da história da Netflix)

Rodolphe Lauga dirige um thriller de ação sobre um ex-agente que, depois de um ataque, enfrenta culpas antigas e ameaças atuais. Guillaume Canet sustenta presença econômica; Stéphane Caillard funciona como eixo emocional sem perder firmeza; Nassim Lyes amplia a pressão. A fotografia fria de Vincent Mathias e a trilha contida de Amine Bouhafa mantêm a tensão sem exageros. Lançado em 2025, tornou-se a produção francesa mais vista da história da Netflix.

O filme mais violento (e polêmico) de Mel Gibson acaba de chegar à Netflix Divulgação / Icon Productions

O filme mais violento (e polêmico) de Mel Gibson acaba de chegar à Netflix

O filme investiga como fé, autoridade e medo se enredam quando uma mensagem espiritual enfrenta instituições políticas e religiosas. Sem antecipar o desfecho, a narrativa observa decisões que comprimem prazos, sacrificam garantias e definem responsabilidades diante da multidão. Cada gesto move objetivos concorrentes: governantes buscam estabilidade, líderes locais querem exemplo, cidadãos pedem espetáculo, familiares preservam dignidade. Ao seguir um acusado que não recua, o filme expõe custos imediatos do confronto e revela como escolhas individuais, repetidas em público, reorientam o rumo de uma cidade sob tensão.

O filme de Martin Scorsese, considerado um dos mais perturbadores da história do cinema, está na Netflix Divulgação / Universal Pictures

O filme de Martin Scorsese, considerado um dos mais perturbadores da história do cinema, está na Netflix

A cultura da vingança promete reparação instantânea, mas a vida coletiva depende de regras que freiam instintos. O cinema volta a esse impasse quando indivíduos testam as bordas do sistema. Em “Cabo do Medo”, Martin Scorsese encara o conflito entre legalidade e proteção familiar, expondo a diferença entre garantia formal e segurança prática. O filme observa o modo como um homem explora brechas jurídicas para pressionar uma casa em processo de desgaste. O resultado acompanha escolhas, riscos e custos morais que se acumulam a cada decisão.