Entre os 3,2 mil filmes da Netflix Brasil, existe um que não deveria estar ali — deveria estar em museu, com legenda: obra-prima definitiva
Em “Era uma Vez no Oeste”, Sergio Leone transforma a decadência do Velho Oeste em rito visual de melancolia e grandiosidade. A trama, encenada entre trilhos, poeira e silêncios carregados, ressignifica os mitos do faroeste com rigor estético, lirismo sombrio e uma trilha sonora que opera como lamento. Mais que filme, é o epitáfio de uma era em vias de desaparecer — um gesto fúnebre que se converte em pura reverberação mitológica.