Autor: Helena Oliveira

Aquecimento para o fim de semana: 5 filmaços que chegaram na Netflix David James / Universal Pictures

Aquecimento para o fim de semana: 5 filmaços que chegaram na Netflix

Quando a semana se despede em meio ao cansaço acumulado e à ânsia por momentos de pausa, poucos rituais proporcionam tanto conforto quanto a escolha cuidadosa de um bom filme para inaugurar o fim de semana. Nesse intervalo sutil entre a rotina e o respiro, o cinema torna-se mais que entretenimento: é companhia silenciosa, portal para outros mundos, espelho sensível das emoções que ainda não sabemos nomear.

5 histórias que fazem seu coração bater palmas e gritar ao mesmo tempo

5 histórias que fazem seu coração bater palmas e gritar ao mesmo tempo

Há livros que tocam. E há os que atravessam — sem pedir licença, sem medir consequência. São histórias que carregam uma pulsação própria, um tipo de respiração intermitente que se aloja no leitor feito segredo recém-descoberto. Elas não se explicam nem se defendem: apenas existem, intensas, feitas de carne, de ruído e de silêncio. Neste conjunto raro de narrativas, o que se sente importa mais do que o que se entende. E, se o coração bate palmas e grita, talvez seja só o corpo reconhecendo algo verdadeiro demais.

7 livros que não mudam a sua vida, mas ajudam a suportá-la

7 livros que não mudam a sua vida, mas ajudam a suportá-la

Você não vai sair iluminado, curado ou com a conta bancária mais gorda depois de ler os livros desta lista. Eles não prometem transcendência, propósito definitivo ou a fórmula infalível da autorrealização, o que, francamente, já os coloca num patamar de honestidade superior à maioria dos coaches quânticos. Aqui, o sofrimento é legítimo, a dor tem cheiro de vida real e, no fim, você fecha o livro com uma sensação esquisita: algo doeu, mas aliviou.

Ficção científica baseada em saga de Stephen King, com Idris Elba, está na Netflix Jessica Miglio / Sony Pictures

Ficção científica baseada em saga de Stephen King, com Idris Elba, está na Netflix

Há filmes que não são avaliados por aquilo que oferecem, mas pelo que se esperava que fossem. “A Torre Negra”, adaptação cinematográfica lançada em 2017 a partir da saga monumental de Stephen King, talvez jamais tenha tido uma chance justa. Antes mesmo de seus primeiros minutos, já carregava nos ombros o fardo das comparações inevitáveis, dos desejos não atendidos, da nostalgia literária projetada como sentença. O que se viu, portanto, não foi apenas um filme, foi o reflexo de uma frustração coletiva diante de um espelho que recusava devolver a imagem esperada.

Filme que é como se Steven Spielberg estivesse em um divã na terapia está na Netflix Divulgação / UPI

Filme que é como se Steven Spielberg estivesse em um divã na terapia está na Netflix

Steven Spielberg, um dos mais hábeis artesãos do entretenimento moderno, assina com “Os Fabelmans” algo que ultrapassa a habitual maestria técnica de sua filmografia: uma espécie de autoexame silencioso, um gesto de reconciliação entre o menino fascinado por imagens e o adulto que passou a vida inteira traduzindo emoções em linguagem cinematográfica. Ao contrário das homenagens ruidosas ao próprio ego que tantas vezes emergem quando diretores voltam-se ao seu passado, este filme escolhe o sussurro ao invés do grito.