Autor: Helena Oliveira

O romance, na Netflix, que desarma céticos e entrega esperança sem pedir desculpas John P. Johnson / Summit Entertainment

O romance, na Netflix, que desarma céticos e entrega esperança sem pedir desculpas

Em “Cartas para Julieta”, o romanticismo não é tratado como ilusão juvenil, mas como herança emocional que atravessa décadas e geografias. A Itália funciona quase como um oráculo, oferecendo aos viajantes aquilo que eles nem sabiam que estavam buscando: coragem para admitir suas insuficiências afetivas. E, convenhamos, não existe hedonismo mais genuíno que o de apostar, ainda que secretamente, que o amor pode ser, sim, uma forma de inteligência que persiste quando todas as outras fracassam.

Sequência de ficção científica que mudou para sempre a cara do cinema está no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

Sequência de ficção científica que mudou para sempre a cara do cinema está no Prime Video

“Matrix Resurrections” é, em essência, um reencontro desconfortável com o passado. Não porque ele envelheceu, mas porque o presente desistiu de ser radical. Quando Lana Wachowski decidiu revisitar o universo que redefiniu a ficção científica no final dos anos 1990, o que surgiu não foi um novo salto ontológico sobre realidade e simulacro, mas um reflexo cansado do que já foi subversão.

Acabou de chegar à Netflix e já está entre os 10 mais assistidos no mundo! Divulgação / 13 Thirteen Studio

Acabou de chegar à Netflix e já está entre os 10 mais assistidos no mundo!

Há algo de quase perversamente familiar em “Ataque 13”, de Taweewat Wantha. O colégio, com suas paredes assépticas e holofotes fluorescentes, é o cenário perfeito para uma tragédia moderna: a reprodução cruel das hierarquias sociais em miniatura. A trama começa como tantas outras histórias de rivalidade estudantil, mas o que poderia ser apenas um melodrama colegial ganha contornos de pesadelo moral.

A série mais assistida do mundo todo na Netflix: fenômeno global Divulgação / Netflix

A série mais assistida do mundo todo na Netflix: fenômeno global

Se há algo que os aficionados por true crime precisam entender antes de mergulhar em “O Monstro de Florença” é que a Itália dos anos 60, 70 e 80 não era Hollywood, nem mesmo o CSI mais criativo teria resolvido aquele quebra-cabeça. A série da Netflix, em quatro episódios precisos, captura essa realidade com uma elegância tensa, misturando o horror de crimes reais com a burocracia e o absurdo de um sistema judicial muitas vezes cego diante do óbvio.