Autor: Helena Oliveira

O filme que superou Capitão América e se tornou a maior bilheteria de 2025, até agora, nos cinemas americanos Divulgação / Warner Bros.

O filme que superou Capitão América e se tornou a maior bilheteria de 2025, até agora, nos cinemas americanos

Transformar um jogo sem enredo fixo em uma aventura cinematográfica foi o desafio improvável que “A Minecraft” abraçou com entusiasmo caótico. Sob a direção de Jared Hess, a narrativa se rende ao absurdo como linguagem, apostando em personagens caricatos, humor autorreferente e um universo visual que parodia a própria artificialidade dos blocos digitais — tudo com um charme desengonçado que beira o nonsense absoluto.

Comédia sueca escondida na Netflix é programa perfeito para seu sábado Divulgação / Netflix

Comédia sueca escondida na Netflix é programa perfeito para seu sábado

Com tantos filmes inflacionados com desfechos previsíveis, “Prisioneiro do Caos” escapa pelas frestas como uma anomalia bem-vinda. A comédia criminal sueca, disponível na Netflix, é um remake do longa  Strul” (1988), de Jonas Frick, não como uma mera atualização, mas como um reposicionamento completo da lógica de seu gênero. Nas mãos de Jon Holmberg, o absurdo não é um efeito cômico gratuito: é a espinha dorsal de uma crítica silenciosa, mas implacável, à fragilidade das instituições e ao acaso que rege destinos comuns.

Leveza e magia: o filme da Netflix que vai remover o peso do cotidiano e dos problemas Divulgação / Universal Pictures

Leveza e magia: o filme da Netflix que vai remover o peso do cotidiano e dos problemas

Filmes natalinos são, em sua maioria, variações de uma mesma fórmula: conflitos familiares resolvidos por coincidências afetuosas e uma avalanche de espírito festivo artificial. Em meio a essa repetição previsível,  “Genie — A Magia do Natal”, produção do Peacock protagonizada por Melissa McCarthy — adota o disfarce do clichê apenas para subvertê-lo com leveza, inteligência emocional e um senso de humor que recusa a vulgaridade.

Entre Saramago e Dostoiévski: o filme do Prime Video que transforma um suspense existencial em um ataque ao seu juízo Divulgação / A24

Entre Saramago e Dostoiévski: o filme do Prime Video que transforma um suspense existencial em um ataque ao seu juízo

Em “O Homem Duplicado”, Denis Villeneuve transporta o espectador para um terreno onde a identidade e a realidade se confundem em um jogo psicológico de espelhos. Adaptado do romance de José Saramago, o filme segue Adam Bell, um professor universitário que, ao descobrir seu exato sósia em um filme, se vê imerso em um mistério existencial que desafia os limites da percepção e da verdade. Com uma estética sombria e tensa, Villeneuve explora as profundezas do ser humano e seus conflitos internos.

O filme mais bonito e tocante do mês acaba de chegar à Netflix — e vai ficar com você por muito tempo Divulgação / Netflix

O filme mais bonito e tocante do mês acaba de chegar à Netflix — e vai ficar com você por muito tempo

Ao colidir de forma abrupta com a paternidade tardia, um produtor de TV viciado em trabalho vê sua vida desmoronar enquanto tenta se reconectar com um menino cuja existência desconhecia. Entre lapsos de ternura, humor desconcertante e feridas mal cicatrizadas, o reencontro entre pai e filho vira uma jornada de afeto improvável, marcada por silêncios eloquentes, verdades retorcidas e uma ausência que ainda dita o ritmo do presente.