O livro que destruiu amizades, casamentos e clubes de leitura inteiros
Não é o suicídio que “As Virgens Suicidas” tenta explicar, mas o silêncio que o precede — e o desamparo de quem insiste em romantizá-lo. Jeffrey Eugenides não escreve sobre a morte: escreve sobre a ausência de escuta, a fetichização do feminino e a falência emocional de uma sociedade que transforma meninas em mitos antes de deixá-las existir. Nesta crítica, a obra é lida não como enigma, mas como denúncia. Não há consolo, apenas a fricção entre memória, culpa e o que nunca poderá ser compreendido de verdade.