Autor: Giancarlo Galdino

Visualmente deslumbrante e hipnotizante, o melhor filme de 2025 acaba de chegar à Netflix Divulgação / Netflix

Visualmente deslumbrante e hipnotizante, o melhor filme de 2025 acaba de chegar à Netflix

Um casal e seus dois filhos, encerrados numa ilha, constitui-se uma imagem um tanto repetitiva e paradoxal da solidão, uma vez que lugares tão isolados convidam naturalmente ao recolhimento e à languidez e famílias são portos seguros de calor humano e esperança. Também por isso, “Farol da Ilusão” é tão perturbador. O roteiro de Matty Brown, coescrito com Hend Fakhroo e Yassmina Karajah, é como um sonho, cheio de camadas, nas quais o espectador precisa ir-se deixando enfronhar a fim de entender a importante mensagem que o filme guarda.

A série, com 3 bilhões de minutos assistidos em sua primeira temporada e 345 dias consecutivos no Top 10 mundial do Prime Video Divulgação / Amazon Studios

A série, com 3 bilhões de minutos assistidos em sua primeira temporada e 345 dias consecutivos no Top 10 mundial do Prime Video

Tipos cujos coração e mente irmanam-se num processo intrincado e um tanto autodestrutivo, em que o empenho de boa parte de sua energia é gasta na procura desesperada por alguma lembrança que os movam para um lugar onde consigam se refugiar da vida miserável que julgam perfeita ocupam a cultura pop — e o mundo — desde sempre. Jack Reacher que o diga. O protagonista de “Reacher”, a nova série da Amazon, supera em alguns pontos o mocinho eternizado por Tom Cruise na franquia homônima que, inexplicavelmente, não foi longe. Para o bem ou para o mal, essa é a hora e a vez de Alan Ritchson.

Uma das maiores histórias de amor do cinema em todos os tempos, com Brad Pitt e Claire Forlani, volta ao catálogo da Netflix Divulgação / Universal Pictures

Uma das maiores histórias de amor do cinema em todos os tempos, com Brad Pitt e Claire Forlani, volta ao catálogo da Netflix

Em “Encontro Marcado”, Martin Brest funde realismo fantástico a uma engenhosa sátira acerca das trapaças do destino, esse tirano da natureza humana que aqui também fica à mercê de alguns imprevistos. Na releitura de Brest para “Uma Sombra que Passa” (1934), de Mitchell Leisen (1898-1972), sobre a Morte, com “M” maiúsculo, que vem à Terra em missão de paz e fica sabendo que é a indesejada das gentes, como a chamou o poeta Manuel Bandeira (1886-1968), resta clara a tentativa do diretor quanto a sublinhar a relação essencialmente dialética do homem e a finitude, manifesta na dobradinha de dois ótimos atores.

Um golpe filosófico direto ao estômago: filme da Netflix explora o niilismo de Nietzsche e desafia até os mais inabaláveis Divulgação / Anchor Bay Films

Um golpe filosófico direto ao estômago: filme da Netflix explora o niilismo de Nietzsche e desafia até os mais inabaláveis

Num tempo em que termos como “masculinidade tóxica”, “sororidade” e “fluidez de gênero” pularam das rodas de conversas direto para as páginas dos jornais e os debates na televisão, urdir qualquer comentário sobre filmes como “Doce Vingança 2” é uma temeridade. Steven R. Monroe segue conservando o teor violento do original de Meir Zarchi, batizado sob o título nada genial de “A Vingança de Jennifer”, equilibrando o clímax do primeiro ato, marcado pelos abusos, ao ápice do que vem depois. Aqui, Jennifer Hills sai de cena e é substituída por Katie Carter, uma aspirante a modelo de Manhattan brutalmente seviciada por um fotógrafo búlgaro ao fim de um ensaio.

Assistida 100 milhões de vezes e 315 dias no topo: a série que parou o mundo está de volta com uma nova temporada Divulgação / Netflix

Assistida 100 milhões de vezes e 315 dias no topo: a série que parou o mundo está de volta com uma nova temporada

Peter Sutherland, o protagonista de “O Agente Noturno”, é uma mistura muito bem-dosada do americano tranquilo com um sujeito cujas habilidades especiais para a investigação fazem-no verdadeiramente indispensável. Na segunda temporada da série criada por Matthew Quirk e Shawn Ryan, que acaba de estrear na Netflix, Peter mostra que continua sendo pau para toda obra, mas parece disposto a mostrar um lado sombrio que começava a pesar-lhe.