Autor: Giancarlo Galdino

Suspense francês na Netflix vai te deixar com o coração na boca Divulgação / Netflix

Suspense francês na Netflix vai te deixar com o coração na boca

Os personagens de “A Terra e o Sangue”, do francês Julien Leclercq, passam oitenta minutos correndo das complicações que despejam-se entre si, numa narrativa de início estimulante, mas que logo resvala no lugar-comum e na mediocridade. Resultado tanto mais lamentável quando se verifica que tudo poderia ter sido muito diferente se se tivesse mudado o enfoque da história.

Sua última chance de assistir na Netflix a um dos filmes mais brutais e impactantes da história do cinema Divulgação / Lionsgate

Sua última chance de assistir na Netflix a um dos filmes mais brutais e impactantes da história do cinema

O diretor mantém a narrativa nesse fio tênue de suspense e ação, preferindo se concentrar no que acontece a partir dessa elucubração de sua protagonista, que pode ser só paranoia, e deixando algo solta sua composição. Não se consegue o que exatamente cada um desses tipos representa na trama até a grande reviravolta. Mais um sinal de que em Villeneuve nada é óbvio.

O filme angustiante, envolvente e perturbador da Netflix que fará os espectadores tentarem se proteger Divulgação / Paramount Pictures

O filme angustiante, envolvente e perturbador da Netflix que fará os espectadores tentarem se proteger

“13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi” não vê motivo para retroceder tanto, ainda que explique a situação da Líbia neste começo de século 21. Michael Bay dá a sua versão para os eventos cheios de reviravoltas quase infinitas que atiraram o país no fosso de caos e infortúnio em que se encontra até então, sina que divide com a maioria dos países árabes do Oriente Médio.

Um dos mais belos filmes espanhóis da década está na Netflix Divulgação / Kowalski Films

Um dos mais belos filmes espanhóis da década está na Netflix

Alegoria sobre tudo o que pode haver de mistério e luz, obscuridade e revelação na trajetória de um indivíduo e de todos eles, “Handia” opera quase sempre na faixa do que não se deixa ver. Os diretores Aitor Arregi e Jon Garaño usam esse componente, uma espécie de magia que paira um dedo acima da dureza da matéria, mas tão poderosa que determina a fortuna e a desdita dos mortais, indiferente a qualquer outro critério que não seja o do nosso invencível descompasso na Terra.

O premiadíssimo e emocionante filme da Netflix que você ainda não assistiu

O premiadíssimo e emocionante filme da Netflix que você ainda não assistiu

Abusando da metalinguagem, o taiwanês Huang Hsin-yao faz de “Amigos da Escola” a confidência autobiográfica de um homem à cata do tempo perdido, assistindo à flor da vida murchar sem pressa, como convém a um oriental, ao mesmo tempo em que é tomado pela angústia de se saber inepto para qualquer coisa capaz de validar sua existência medíocre, uma vez que a morte não chega e seus fantasmas também seguem tão vivos quanto ele.