Autor: Giancarlo Galdino

10 clássicos que você não leu, mas já opinou com confiança em mesa de bar

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Nas noites boêmias das metrópoles de todo o planeta, entre goles de cerveja e baforadas de cigarro, observa-se um fenômeno curioso: pessoas discutem acaloradamente sobre obras literárias que nunca leram. Dez livros constam da nossa lista de clássicos que habitam o inconsciente coletivo e os suspeitos programas noturnos e, também por essa razão, seguem como os amigos da madruga de muitos, aqueles com quem se convive apenas em dadas circunstâncias e a respeito dos quais sabe-se tão pouco.

7 leituras que começam bem e depois viram um TCC disfarçado de romance

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Que atire a primeira pedra aquele que nunca começou um romance promissor, com uma narrativa envolvente, personagens intrigantes e promessas de boas reviravoltas e, algumas dezenas de páginas depois, flagrou-se perdido em longos parágrafos autorreferentes, expressões técnicas que tentam suprir a pobreza narrativa e reflexões impenetráveis, mais afeitas aos trabalhos acadêmicos do que às obras de ficção. Se estava antes envolvido com os personagens, o leitor de repente percebe que eles sumiram, que a trama estagnou e que tudo agora gira em torno de conceitos. É o que acontece, em maior ou menor grau, com as sete publicações dessa lista.

7 livros que mostram que justiça e vingança são irmãs siamesas

7 livros que mostram que justiça e vingança são irmãs siamesas

A relação entre justiça e vingança é um dos temas mais antigos, complexos e recorrentes da literatura mundial. Das tragédias gregas aos romances contemporâneos, o embate da urgência de desagravo pela lei com o revide pela força do arrebatamento tem levado autores a refletir sobre moralidade, poder, culpa, salvação. Sete trabalhos, de autores diversos, passam à lista abaixo como exemplos de que a ânsia por não sentir-se inferior atravessa o tempo, culturas e estilos. A alma humana é por eles examinada em seus momentos de dor por perdas e escolhas difíceis, entre pagar o mal com o mal ou perdoar.

Novo suspense espanhol da Netflix é o melhor filme que você verá neste final de semana Divulgação / Volvoreta

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Com “Mikaela”, Daniel Calparsoro demonstra habilidade ao conduzir tramas sobre sujeitos durões que nunca mordem mais do que conseguem mastigar e parecem manter com o perigo uma relação bastante íntima, quase vital. Malgrado não se saia tão bem quanto no ótimo “O Entregador” (2024) ou no surpreendente “Até o Céu” (2020), aqui o diretor prova que um filme pode muito bem navegar por campos diversos, pulando da tensão sem freio para o drama mais intimista, desde que com um propósito certo.

Todo mundo já mentiu sobre ter lido pelo menos um desses 7 livros

Todo mundo já mentiu sobre ter lido pelo menos um desses 7 livros

A construção da identidade é um processo dinâmico, causado por vários fatores. Desde tenra idade, internalizamos princípios, crenças e comportamentos observados nos meios sociais que frequentamos. O medo de asseverar a própria ignorância é um espectro que sempre há de rondar o gênero humano. Publicações “duvidosas”, cujo renome gera mais espuma que substância, figuram nessa lista. Elas continuam relevantes, quer as leiamos ou não.