Autor: Giancarlo Galdino

O filme mais contido — e talvez mais poderoso — de Spielberg chegou à Netflix sem fazer alarde Divulgação / DreamWorks Pictures

O filme mais contido — e talvez mais poderoso — de Spielberg chegou à Netflix sem fazer alarde

Em “O Terminal”, Steven Spielberg se lança a um exercício constante do mais refinado nonsense, e diante do fato de que se trata de uma história real, cada um reage de uma forma. O roteiro de Sacha Gervasi, Jeff Nathanson e Andrew Niccol suaviza o tormento de Mehran Karimi Nasseri (1945-2022), um refugiado iraniano obrigado a permanecer no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, por ter ficado sem os documentos após um suposto furto. O recorte de Spielberg fixa-se num ilógico otimismo, carregando nas tintas da sátira.

A história mais bonita que você vai ver esta semana está na Netflix — e vai ficar com você por muito tempo Divulgação / Paramount Pictures

A história mais bonita que você vai ver esta semana está na Netflix — e vai ficar com você por muito tempo

Por mais espírito que se tenha, a verdade é que ninguém joga para perder. O triunfo é sempre o começo de uma outra jornada, mas como entender isso numa fase da vida em que todas as coisas são absolutamente desconhecidas e sequer se pode ter certeza da própria vontade? Robert James Fischer, o Bobby Fischer a que alude o título original de “Lances Inocentes”, pagou um preço alto ao tornar-se um dos maiores enxadristas dos Estados Unidos. Steven Zaillian vale-se desse argumento ao esmiuçar a biografia de Joshua Waitzkin, uma promessa dos tabuleiros em meados dos anos 1980.

O melhor filme de mistério da Netflix vai fazer você se sentir um gênio… até te derrubar no último segundo Christopher Raphael / Warner Bros.

O melhor filme de mistério da Netflix vai fazer você se sentir um gênio… até te derrubar no último segundo

Sherlock Holmes talvez nunca deixe de ser o detetive mais célebre da ficção. O “Sherlock Holmes” de Guy Ritchie, no entanto, tem o condão de resgatar boa parte do espírito aventureiro do personagem-título. O roteiro de Michael Robert Johnson, Simon Kinberg e Anthony Peckham trafega com desenvoltura entre esses dois polos, o do saudosismo do passado e aquele que indica um futuro muito menos glamoroso, às vezes até esticando a corda a fim de alcançar um certo frescor narrativo.

Há um filme na Prime Video que transforma exagero em poesia, mentira em memória e fantasia em verdade — e é impossível assisti-lo só uma vez Divulgação / Columbia Pictures

Há um filme na Prime Video que transforma exagero em poesia, mentira em memória e fantasia em verdade — e é impossível assisti-lo só uma vez

Em “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, Tim Burton tem toda a liberdade para fazer o que faz como nenhum outro diretor: inventar. Esmiuçando um tema aparentemente banal por 125 minutos, Burton conserva o interesse de  públicos variados ao abrir mão do tom gótico habitual e enveredar por uma abordagem lírica, mas não menos excêntrica e inventiva. Uma análise tão afetiva quanto engenhosa sobre como driblar a finitude.

5 histórias de amor na Netflix que parecem pequenas… até você se ver nelas Divulgação / Sony Pictures

5 histórias de amor na Netflix que parecem pequenas… até você se ver nelas

Desde os tempos antigos, o amor inspira mitos, tragédias, poemas, músicas, revoluções. Entretanto, tão sublime quanto monstruoso, o mais humano dos sentimentos é também terreno fértil para desencontros, mal-entendidos, brigas, separações, silêncios prolongados e promessas que se escrevem no mar, com o vento. Os cinco filmes da lista abaixo falam das inconstâncias e das perversões do amor, que por seu turno, jamais se cansa de lançar-nos ao rosto nossas mil vulnerabilidades. Mas se amar é sofrer, não amar o que é?