Autor: Fernando Machado

Em uma prisão vertical com 333 andares, onde uma plataforma transporta diariamente um banquete, os prisioneiros do topo comem à vontade, enquanto os dos níveis inferiores se contentam com sobras cada vez mais escassas e nojentas. “O Poço 2” retorna a esse cenário distópico e brutal, focando agora em Perempuan e Zamiatin, dois personagens que precisam lidar com a fome, a sujeira e a tensão crescente, enquanto buscam uma forma de sobrevivência em um sistema que favorece o caos.

A paixão, sem aviso, iguala todos ao mesmo nível. Quando o cupido acerta sua flecha, o resultado é uma confusão coletiva, uma espécie de estupidez temporária que afeta até os que apenas observam de fora. Basta que alguém passe, flutuando como se estivesse a centímetros do chão, com aquele sorriso de quem foi atingido por uma felicidade indescritível, que o sentimento de satisfação se espalha. Os que já estão apaixonados se afundam ainda mais na embriaguez romântica, enquanto os que aguardam pelo seu par se deixam levar pela inveja sutil.

Em “O Gângster” (2007), Ridley Scott explora a ascensão de Frank Lucas, um motorista de máfia que se torna o rei do tráfico de heroína na Nova York dos anos 70. Com uma abordagem realista e detalhada, o filme revela os segredos do submundo criminal, destacando a dualidade entre o protagonista, interpretado por Denzel Washington, e o obstinado detetive Richie Roberts, vivido por Russell Crowe, criando um tenso embate moral e jurídico.

A narrativa é construída como um quebra-cabeça, no qual as intenções e as relações entre os personagens são reveladas aos poucos. No começo, a ligação entre eles é nebulosa. Tudo se inicia quando Paul (Steve Mouzakis) e Henry (Sean Harris) se encontram em um voo. Ambos têm passados obscuros e anseiam por uma nova vida. Paul oferece uma carona a Henry e menciona Mark (Joel Edgerton), um homem que pode auxiliá-lo a se livrar de seu histórico criminoso em troca de alguns serviços específicos.

“El Camino: A Breaking Bad Movie” retoma a trajetória de Jesse Pinkman após sua fuga dramática do cativeiro. O filme mergulha em sua luta por liberdade, enquanto tenta escapar tanto das autoridades quanto de seus próprios demônios. Dirigido por Vince Gilligan, a produção oferece um epílogo introspectivo, trazendo o universo de *Breaking Bad* de volta à tela com uma combinação de ação, tensão e um profundo estudo sobre o personagem central.