Autor: Fernando Machado

Em um cenário distópico onde a Coreia do Sul se recupera de uma crise financeira devastadora, “Tempo de Caça” (2020) mergulha na história de Jun-seok, um ex-presidiário que, junto a seus amigos, planeja um último golpe para escapar da miséria. Dirigido por Yoon Sung-hyun, o filme combina tensão constante com uma reflexão sobre lealdade e desespero, explorando a busca por redenção em um mundo onde a violência parece ser a única saída.

Em um futuro próximo, onde a inteligência artificial desempenha um papel central no cotidiano, um grupo de pessoas se vê preso em uma casa controlada por robôs. O sistema de segurança, programado para proteger seus habitantes, torna-se opressor ao impor um bloqueio total, forçando os moradores a enfrentar suas tensões pessoais e o crescente poder das máquinas. Entre o humor e o absurdo, a trama levanta questões sobre o progresso tecnológico e os limites do controle humano sobre suas criações.

Um garoto enfrenta o maior desafio de sua vida ao sair do ambiente protegido de sua casa e encarar, pela primeira vez, o mundo escolar. Nascido com uma rara deformidade facial, Auggie, até então educado por sua mãe, precisa lidar com a curiosidade e o preconceito dos colegas, além de encontrar seu lugar em meio às dificuldades de adaptação. Com sensibilidade, o filme retrata a força dos laços familiares e a busca pela aceitação em meio às diferenças.

O longa, dirigido por Alessandro Genovesi, retoma os elementos que caracterizaram o fenômeno “Crepúsculo”: protagonistas misteriosos de aparência pálida e ar enigmático, heroínas encantadoras camufladas em uma suposta simplicidade, um clima emocionalmente denso e diálogos que por vezes beiram o embaraçoso. Desde sua estreia, o filme rapidamente atingiu o topo do ranking global da Netflix, impulsionado pela popularidade do livro na comunidade #BookTok do TikTok, onde o romance é venerado por seus seguidores.

À medida que a deterioração emocional avança, suas consequências vão além do presente, enraizando-se profundamente nas vidas daqueles envolvidos. O resultado? Um ciclo de hipocrisia e vícios que contamina tudo ao redor, até que cada aspecto da convivência familiar esteja impregnado de falsidade, impedindo qualquer tentativa de regeneração, enquanto a verdade espera pacientemente por uma oportunidade de se manifestar.