Autor: Edison Veiga

Um nome para o soldador

Um nome para o soldador

Lembrei-me do livro mais recente do Chico Buarque, ‘Bambino a Roma’, porque o personagem comenta que naquele exílio italiano era por meio de raras ligações telefônicas que seus pais sabiam de notícias do Brasil, do suicídio do Getúlio Vargas às derrotas do Botafogo. Já se vão quase oito anos do meu degredo e ainda tenho amigo que me manda mensagem no WhatsApp avisando coisas como “morreu Jards Macalé”, “no fim o Palmeiras se classificou para a final da Libertadores” ou “tá fazendo maior calorão aqui em São Paulo”.

Não pode haver Dorival Caymmi na Eslovênia

Não pode haver Dorival Caymmi na Eslovênia

Para os padrões brasileiros, era um domingo frio, dado que os termômetros marcavam seus oito, nove graus. Por aqui, um típico dia ensolarado de outono. Para mim, era um clima ameno. Cientes de que poderia ser a última chance de um domingo pleno de sol no ano de 2025, resolvemos botar as magrelas no carro e dirigir hora e meia até o imenso, impávido colosso, litoral esloveno — uma meia dúzia de cidadelas espalhadas por uma costa de 46 quilômetros e 600 metros, veja só.

Adi e Oto são estrelas do canal 8

Adi e Oto são estrelas do canal 8

Oto aparece radiante ao descobrir que ele e Adi se tornaram figuras de um programa diário de televisão, gravados no zoológico sem perceber. Fascinado pela própria imagem, Oto se entrega ao papel de celebridade improvisada, enquanto Adi encara a revelação com exaustão e desconfiança. A visita de três fãs empolgados só amplifica o contraste entre a vaidade encantada de Oto e o ceticismo pragmático de Adi, criando um retrato divertido sobre fama inesperada.

O maior perigo daqui

O maior perigo daqui

O nome científico soa sofisticado, quase elegante. É impressionante como a ciência é capaz de transformar pequenas monstruosidades em algo que parece, no mínimo, respeitável. Se chamássemos o bicho de Toninho, talvez a população tivesse menos medo. Mas com esse nome latino e rebuscado, cheio de consoantes tensas, ele já nasce com aura de vilão.

A volta daquele que nunca vai: Seu Osvaldo conversa com o correspondente de nossa coluna lá em Quiprocó

A volta daquele que nunca vai: Seu Osvaldo conversa com o correspondente de nossa coluna lá em Quiprocó

Na rodoviária de Quiprocó da Serra de Santo Grande do Sul, Seu Osvaldo, bilheteiro, enfrenta os desdobramentos de uma crônica: foto trocada, medo de ser reconhecido e gozações no forró das Aroeiras Vermelhas. Entre a partida para a capital e o Bar do Macaco Prego, conversa com Dênis Enrique, freguês do guichê e figurão na cidade. Falam de boatos, internet, WhatsApp e do cão Tião, enquanto o ônibus se aproxima e o Fantástico começa, num domingo que quase não termina.