7 livros para presentear sua mãe — e fazê-la lembrar que ainda é protagonista da própria história

7 livros para presentear sua mãe — e fazê-la lembrar que ainda é protagonista da própria história

Há mães que esquecem de si. Não por descuido — mas porque, durante anos, foram o esteio, a toalha de mesa estendida, a luz do corredor acesa. Tanta gente passou por elas que, quando se olham no espelho, demoram a se reconhecer. Há algo de silencioso nisso. E de bonito também. Mas o tempo cobra: como se dissesse, com delicadeza, que já é hora de voltar a si mesma.

Presentear uma mãe com um livro não é só oferecer páginas. É entregar um espelho. Um sopro. Um convite — talvez o primeiro em muito tempo — para que ela se reencontre não como cuidadora, conselheira ou guerreira. Mas como personagem central da própria história. Sim, porque ela é. Ainda é. Mesmo quando acha que já não.

Alguns livros fazem esse gesto por nós. Com histórias que não são conselhos nem lições de vida — mas companhia. Histórias que não a reduzem ao papel de mãe, mas a ampliam como mulher, como ser que sente, duvida, cansa… e se reinventa. Livros que a tocam onde ninguém mais toca: naquela parte secreta que ela nem sempre mostra, mas que pulsa.

E não importa se ela lê devagar, ou se interrompe para olhar a panela no fogo. Essas narrativas esperam. Elas caminham junto com o ritmo dela. E quando menos se espera, provocam um suspiro, uma lembrança, uma vontade de conversar sobre si mesma — coisa rara.

Então, se neste ano você quiser dar algo que não se gaste, que não fique pequeno ou se perca numa gaveta, pense nisso: um livro pode ser o abraço que ela não sabia que precisava. Pode ser, quem sabe, um lembrete gentil de que ela ainda escreve os próprios capítulos — mesmo que com letras mais lentas, com páginas dobradas, com um pouco mais de silêncio entre as frases.

Mas sim. Ainda escreve.