Se seu estado emocional anda mais instável que Wi-Fi de repartição pública e você sente que a vida já te deu mais tapas que sambista em pandeiro, a Revista Bula te entrega agora uma lista para acabar de vez com o restinho de sanidade que sobrou. Não estamos falando de chorinho discreto! Aqui, o soluço é alto, o lenço de papel fica encharcado e não falta aquela clássica dúvida existencial no fim do filme: “por que, meu Deus?” — mesmo quando nada do que acontece no roteiro tem a ver com a sua vida. Então, coloque sua camiseta de político rasgada, escolha uma posição fetal confortável e prepare o coração, porque vem pancada emocional por aí.
É claro que a Netflix, que ama nos empanturrar de realities duvidosos e dramas de fazer as pessoas repensarem todas as decisões que tomaram desde o ensino fundamental, tem um arsenal admirável de produções arrasadoras. A plataforma entrega filmes que não apenas apertam o botão da tristeza, mas quebram o controle remoto junto. A cada reviravolta, vem aquele pensamento: “só mais cinco minutos e eu paro de chorar”. Spoiler: você não vai parar. Vai terminar abraçado a um pote de sorvete derretido, olhando para o nada e refletindo sobre o sentido da vida, sendo consolado pelo seu gato. Se tiver um.
Mas vamos deixar a enrolação emocional de lado (pelo menos até o primeiro filme da lista) e ir direto ao ponto: os três dramas que, com um orçamento modesto e uma dose cavalar de dor, te farão repensar aquele “estou bem, só cansado” que você tem dito por aí. Prepare o lencinho, coloque um balde ao lado da cama e diga adeus à maquiagem do dia anterior: está aberta a temporada de choro descontrolado. Aqui estão os três filmes mais tristes da Netflix para chorar até encharcar o travesseiro, organizados em ordem decrescente por ano para que o impacto seja gradual, mas não menos traumático.
Divulgação / Sony Pictures ReleasingNeste conto triste disfarçado de abraço quentinho, Tom Hanks interpreta Fred Rogers, um apresentador infantil que é basicamente o crush espiritual de qualquer pessoa com mais empatia do que uma bolacha cream cracker. A história gira em torno de um jornalista cínico e emocionalmente travado que vai entrevistar o tal vizinho gentil e acaba tomando uma rasteira emocional no processo. Parece leve? É o que eles querem que você pense. Em meia hora você já vai estar se perguntando por que nunca resolveu aquela treta com seu pai.
Divulgação / Prime VideoCasey Affleck interpreta um homem que parece estar preso numa nuvem pessoal de tristeza desde 2004, e com razão. Após uma tragédia que faria até novela das nove parecer programa infantil, ele volta à sua cidade natal e precisa lidar com o passado, com a dor e com um adolescente que não sabe lidar com nada (mas quem sabe, né?). É um filme que não tenta te consolar — pelo contrário. Ele segura tua cara, olha bem nos olhos e diz: “aceita que dói mesmo”. É seco, realista e pesado, tipo uma reunião de condomínio com pauta extra.
Zade Rosenthal / Columbia PicturesWill Smith, em modo “vou pegar esse Oscar nem que seja no grito”, interpreta Chris Gardner, um pai solo que tenta sobreviver com o filho num mundo onde tudo parece programado para dar errado. Desemprego, despejo, perrengue atrás de perrengue — e o garoto no meio disso tudo, com um olhar tão puro que só piora o impacto emocional. É a clássica história do “acredite em seus sonhos”, mas contada de um jeito tão doloroso que você vai começar a chorar ainda nos créditos iniciais. Spoiler emocional: a cena do banheiro público vai te destruir. De novo.


