Crônicas

O homem só percebe o quanto é humano quando sente dor

O homem só percebe o quanto é humano quando sente dor

De que adianta mudar a foto de perfil quando surge alguma campanha, quando, na verdade, nós não nos mudamos por dentro? Não nos trocamos, não nos reformamos. Levantamos bandeiras pelas mais diversas causas e não ajudamos quem está ao nosso redor. Sequer olhamos para o lado. Nos preocupamos com a aparência externa, enquanto deveríamos nos atentar às melhorias internas. O objetivo deveria ser nos tornar indivíduos melhores, cidadãos mais evoluídos, ao invés de parecermos superiores apenas. É muita aparência para pouca essência. No final, sobram os discursos genéricos e ocos, sem movimento e sem atitude.

Envelheço para a vida. Para a alma, jamais!

Envelheço para a vida. Para a alma, jamais!

Mundo chato, mundo sem opinião, não vou sentenciar. Todavia, digo, infelizmente, que: atualmente cultuamos e contemplamos a aparência. Cultuamos o ter ao ser; o egoísmo ao amor. Enfim, nunca estivemos tão conectados (mídias sociais), porém, nunca estivemos tão desconectados em relação ao que realmente importa. Pena não compreendermos que a dádiva maior nos dada é a vida disfarçada de alma. Algo interno e simples. Contudo, só a enxerga quem está conectado em praticar sentimentos simples, sentimentos solidários, sem aparências.

Livros: o melhor presente de mim para mim!

Livros: o melhor presente de mim para mim!

Leia para ser uma pessoa melhor, para pensar com seus próprios argumentos. Leia para preencher seus dias vazios com poesia ou ficção. Leia para aumentar o seu vocabulário e para escrever melhor. Leia para perceber que você não está sozinho no mundo. Leia para tentar entender o que não faz sentido. Os livros nos transformam. Eles mostram que o sentido das coisas está dentro da gente, e que não estamos sós nessa jornada chamada vida.

Não adianta limpar os pés se vai pisar meu coração

Não adianta limpar os pés se vai pisar meu coração

Adão foi o primeiro. Mordeu-me a maçã do rosto. Então, quebrei-lhe as costelas que ainda restavam usando o mesmo fórceps com que fui extirpada do seu tórax de macho alfa-dominante. Por justa causa — eu reconheço — fomos expulsos do Paraíso (Motel Paraíso, 666 Jardim do Éden — Cidade do Pecado). Não seja besta. Numerologia não me assusta. Babaquice, sim. Começava ali a minha saga em busca de um amor que valesse a pena. Eu não me dispunha a ser uma espécie de mulher objeto, sujeita a homens abjetos que me colocassem num pedestal, numa estante ou para desfilar montada numa glande.