Esperar dói, mas desistir dói mais ainda
Temos pressa. A comida é fast, o e-mail é urgente, o macarrão é instantâneo, a reunião é de emergência. Se o livro é chato, paramos de ler. Se o filme é ruim, mudamos. Se não gostamos da música, trocamos. Não aguentamos esperar ao telefone, nos irritamos quando não nos atendem imediatamente no restaurante, na loja, na fila do supermercado, na consulta médica. Porque a nossa fome é maior, a nossa saúde é mais importante, o nosso apuro é impreterível. Não suportamos atrasos, mesmo que — sem admitir — sempre estejamos atrasados.