Crônicas

Ménage à trois

Ménage à trois

Estou diante do Sublime e da Beleza, e não consigo suportar essas sensações. Choro. Sou um mendigo. Não consigo mais ver o espetáculo que ela, e minhas invenções, me apresentam. Levanto ereto, mirando os céus. Sinto a existência do Brahma. Olhar e desejar assim, tão de perto, ainda que ela seja inacessível, corrompe.

Sorrir é a melhor forma de preencher um coração vazio!

Sorrir é a melhor forma de preencher um coração vazio!

Sorria para você, para mim, para o alto, para o baixo, para o branco, para o negro, para a namorada, para o amigo, para o poeta, para o carente, para o alegre, para o porteiro, para o garçom, para o cachorro, para o gato, para o seu inimigo (principalmente)… Enfim, sorria o máximo que puder. Detalhe: o seu gesto pode não mudar o mundo. Entretanto, você será mudado.

As lutas de Muhammad Ali não eram apenas lutas. Eram espetáculos… artísticos

As lutas de Muhammad Ali não eram apenas lutas. Eram espetáculos… artísticos

Muhammad Ali é aquele tipo de homem único, o que se costuma chamar, na falta de palavras adequadas, “uma força da natureza”. Trata-se do indivíduo que, com sua força de vontade ímpar, move e remove montanhas. Muda o mundo, ainda que apenas na sua área, mas conectando outras mudanças, com seu comportamento entre agressivo e diferenciado. Com suas posições firmes no mundo do boxe — tão corrupto quanto qualquer outra atividade —, com sua negritude exacerbada, mais pessoal do que política e ideológica, pôs o mundo (dos brancos?) aos seus pés.

A Fenomenologia de Edmund Husserl

Edmund Husserl, em seu livro “Meditações Cartesianas”, define o seu método fenomenológico como uma espécie de neocartesianismo. Isto porque, ele retoma duas questões consideradas essenciais quando o assunto é a modernidade filosófica e o seu principal representante, René Descartes, tais quais: o questionamento de tudo aquilo que é tido como certeza imediata, a exemplo de alguns pressupostos e crenças (sensoriais e/ou imaginativas) encaradas como verdades inabaláveis; e o surgimento do sujeito como base segura e fonte primeira de todo conhecimento.

Não importa pra onde você vai. O que realmente importa é o caminho

Não importa pra onde você vai. O que realmente importa é o caminho

Sempre gostei de caminhar. Fiz minhas primeiras caminhadas quando era criança, acompanhando a minha avó. Ela dava voltas em quarteirões nos arredores da casa dela, andando lentamente por causa do corpanzil e da artrose. E eu, firme ao seu lado, ia descobrindo a arte de observar tudo ao meu redor. Já caminhei por tantos lugares que seria impossível enumerá-los agora. Mas houve um dia ­­­— um desses dias monótonos e inúteis em que você não espera nada de novo da vida — que certa caminhada me marcou profunda e definitivamente.