A livraria onde os livros ficam em banheiras e gôndolas para não afundar — e ela existe mesmo
Num beco úmido de Veneza, onde o mar invade as páginas e a memória corre risco de afogamento, sobrevive a Libreria Acqua Alta. Uma livraria feita de banheiras, gatos e resistência. Criada por Luigi Frizzo, ela não apenas vende livros: desafia o tempo, o turismo e a lógica de mercado. Um espaço onde volumes manchados flutuam como relíquias e o improviso vira arquitetura. Entre a cheia e o esquecimento, o lugar transforma ruína em símbolo. Uma crônica de papel que ainda resiste a desaparecer.