Autor: Revista Bula

O maior prêmio de conto do Brasil está com inscrições abertas

O maior prêmio de conto do Brasil está com inscrições abertas

O Bula Prêmio de Conto estreia com uma convocação aberta a escritores em língua portuguesa dispostos a desafiar o previsível. Com premiação de R$ 35 mil e publicação digital global, o concurso busca textos que apresentem rigor estético, impacto narrativo e domínio técnico. A proposta é clara: encontrar contos que não apenas contem algo — mas que modifiquem a leitura. A temática é livre, mas a exigência é alta. O foco está na linguagem, na estrutura e na presença autoral. O desconcerto é bem-vindo. A repetição, não.

O autor que escreveu só dois livros, foi assassinado e influenciou Borges, Nabokov e Philip Roth

O autor que escreveu só dois livros, foi assassinado e influenciou Borges, Nabokov e Philip Roth

Bruno Schulz foi morto com um tiro pelas costas numa rua esquecida da Galícia ocupada. Levava nos braços um envelope que talvez contivesse “O Messias”, o romance inédito que nunca será lido. Mas o essencial sobreviveu. Autor de apenas dois livros curtos, ele moldou uma linguagem que se dobra no tempo, que delira em torno da memória e que ecoa em autores como Roth, Tokarczuk e talvez até Borges. Setenta anos depois, sua ficção continua escapando de classificações. Como se fosse feita não para durar, mas para assombrar.

A escritora que escreveu e publicou sem o marido saber — e deu origem ao Dia das Mães como ato político

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Às vezes é preciso esconder até a própria voz para que ela exista. Em Boston, numa casa elegante de nome histórico, uma mulher escrevia poemas sem dizer. Escondia-os nos bolsos dos vestidos, entre os papéis da casa, como se cada linha fosse uma forma de desobediência, um movimento quase microscópico contra a delicada armadura conjugal. Não era sobre escândalo, nem sobre heroísmo. Era sobre escrever sem pedir permissão. Julia Ward Howe não nasceu para ser invisível, mas aprendeu, cedo demais, que visibilidade feminina era um campo minado. E escolheu, como tantas outras, escrever na sombra antes de ser lida à luz.

Os 5 livros que Simone de Beauvoir dizia que toda mulher deveria ler

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Não são livros sobre mulheres. São livros que, ao serem lidos por mulheres, mudam alguma coisa. Simone de Beauvoir não organizou listas ou manuais, mas deixou claro, em falas, memórias e crítica, quais obras formaram sua consciência. Livros que, lidos em momentos-chave, ajudaram a desenhar uma genealogia da resistência. Alguns vieram da infância, outros da fricção com ideias que a incomodavam. Todos revelam algo mais profundo: a leitura como exercício de consciência crítica, antes mesmo que o feminismo ganhasse esse nome.

Por que o Clube da Esquina ainda fascina e permanece essencial, 50 anos depois?

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Muito antes de virar disco, o Clube da Esquina era uma frequência subterrânea, um território de afeto entre meninos e notas. Em meio à ditadura, um Brasil possível floresceu a partir da amizade entre Milton Nascimento, Lô Borges e os Borges de Santa Tereza. Esta reportagem investiga como nasceu essa linguagem que misturava Beatles, modinha, jazz e silêncio, por que o disco de 1972 permanece insubstituível e como ele se tornou, cinco décadas depois, um dos álbuns mais cultuados do mundo. Uma história de confiança, dissonância e tempo: de quando Minas inventou um som que o mundo ainda tenta compreender.