Autor: Helena Oliveira

5 livros que vão dar um nó no cérebro do leitor

5 livros que vão dar um nó no cérebro do leitor

A leitura é um esporte radical para quem prefere sofrer no silêncio do próprio cérebro. Enquanto uns buscam romances leves como quem procura sombra e água fresca, há quem sinta prazer em tropeçar em narrativas que não pedem licença antes de desmoronar em cima da lógica. Esses livros não são só desafiadores, são o equivalente literário de um cubo mágico derretido, resolvido por um polvo filósofo sob efeito de cafeína

5 perfumes que poderiam ser personagens de Clarice Lispector Foto / IMS

5 perfumes que poderiam ser personagens de Clarice Lispector

Há perfumes que não cheiram apenas — pensam, sentem, hesitam. Eles chegam com a delicadeza de uma frase que não termina, e partem deixando um eco. Nesta curadoria, reunimos fragrâncias que carregam em si algo que vai além da pele: um temperamento, um gesto contido, uma memória sem data. Poderiam ser personagens — não secundários, não alegóricos, mas centrais, como as figuras femininas e fugidias que habitam o universo denso e contraditório de Clarice Lispector. Não exalam aroma: exalam consciência.

6 livros que são uma humilhação intelectual (e um prazer secreto)

6 livros que são uma humilhação intelectual (e um prazer secreto)

Há livros que, quando você termina de ler, se sente autorizado a destravar um nível secreto da existência. A única questão é que esse nível vem com labirintos filosóficos, palavras que parecem amaldiçoadas em latim e estruturas narrativas que fariam um cubo mágico parecer um brinquedo de bebê. A verdade é que algumas leituras dão tanto nó na cabeça que você termina orgulhoso não por entender tudo, mas por ter sobrevivido com o cérebro inteiro.

8 livros para ler quando a vida parece estar em modo avião

8 livros para ler quando a vida parece estar em modo avião

Existem dias em que a realidade parece colocada no modo avião: nem pousa, nem decola. O tempo não anda, mas também não volta. É nesse intervalo que certos livros respiram melhor — não os que distraem, mas os que sabem parar junto. Livros que não gritam, não empurram, não querem ensinar nada. Apenas sentam ao seu lado como uma janela aberta para dentro. São curtos, mas densos. Lentos, mas vivos. Histórias que não querem salvar você — só garantir que você não desapareça.

7 livros russos para ler com vodka na mão e angústia no peito

7 livros russos para ler com vodka na mão e angústia no peito

Dizem que a literatura russa é como aquele amigo que só aparece pra te lembrar que a vida é sofrimento, que o amor é uma ilusão social e que tudo isso pode, e deve,  ser lido com um copo na mão. De preferência, um copo de vodka, porque a água não tem álcool suficiente para suportar as reflexões de um Dostoiévski às três da manhã. Esses livros não são leituras leves, nem querem ser. Eles entram em silêncio na sua alma, puxam uma cadeira, e começam a falar sobre culpa, morte, niilismo e burocracia com tanta intensidade que até o fundo do copo parece profundo demais.