Autor: Fernando Machado

O filme  de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video Divulgação / Paramount Pictures

O filme de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video

Desde os primeiros instantes, “A Chegada” convida o espectador a uma imersão única, onde o enigmático encontro com o desconhecido se transforma em uma profunda reflexão sobre a natureza da comunicação e do tempo. Sob a direção perspicaz de Denis Villeneuve, a história se concentra em Louise Banks (Amy Adams), cuja trajetória ultrapassa o mero enfrentamento de uma crise interplanetária para explorar os limites da experiência humana. Ao invés de privilegiar confrontos espetaculares, o filme propõe uma investigação meticulosa das estruturas linguísticas que regem nossa percepção, insinuando que o modo como articulamos ideias pode, de fato, remodelar nossa própria existência.

Se você está precisando de um filme que te abrace devagar, a Netflix tem um — e ele vai ficar com você muito depois dos créditos finais Divulgação / Netflix

Se você está precisando de um filme que te abrace devagar, a Netflix tem um — e ele vai ficar com você muito depois dos créditos finais

Dois jovens, condenados por diagnósticos que não oferecem escapatória, cruzam seus destinos em um hospital onde a vida parece estar sempre por um fio. Com delicadeza incomum, o filme evita o melodrama fácil e investe em silêncios, gestos mínimos e olhares que dizem mais do que qualquer palavra, revelando que, mesmo diante do fim, ainda é possível encontrar algo que se pareça com começo — e que dure o suficiente para deixar marcas definitivas.

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix Divulgação / Vitrine Filmes

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix

No efervescente cenário do Rio de Janeiro nos anos 1950, onde os destinos femininos eram frequentemente traçados à revelia de seus próprios desejos, “A Vida Invisível” é como um relato cortante sobre silenciamento, separação e resistência. Karim Aïnouz transforma a história de duas irmãs, Eurídice e Guida, em uma experiência que extrapola o melodrama e se torna um retrato vívido da opressão patriarcal e da irreversibilidade de certos desencontros. A narrativa não se contenta em apenas contar a tragédia dessas mulheres; ela a esculpe com precisão, explorando nuances emocionais e visuais que potencializam a força de sua denúncia.

Acaba de chegar ao Prime Video o filme que venceu o Oscar 2025. E que permanece com você Divulgação / Synapse Distribution

Acaba de chegar ao Prime Video o filme que venceu o Oscar 2025. E que permanece com você

Num território onde o tempo é refém da violência e a sobrevivência exige mais do que resistência, quatro cineastas recusam-se a aceitar o silêncio como resposta. Ao documentar a destruição sistemática de aldeias palestinas no sul da Cisjordânia, transformam o filme em denúncia urgente. Mais que relato, trata-se de um confronto direto com a lógica de ocupação que avança sob a indiferença do mundo.

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix

Num universo em que a fidelidade ao passado se confunde com a hesitação em ousar, “Além da Escuridão” relança a mítica nave Enterprise não para explorar novos mundos, mas para revisitar antigos dilemas sob luzes mais brilhantes e efeitos de precisão impecável. J. J. Abrams transforma a memória em espetáculo visual, onde o conflito entre inovação e reverência dita o ritmo de uma aventura que prefere evocar do que reinventar — e nem por isso deixa de seduzir.