Autor: Fernando Machado

6 livros que mudam sua vida — se você passar da página 50

6 livros que mudam sua vida — se você passar da página 50

Nem sempre um livro transforma. Às vezes, é preciso atravessar a resistência da linguagem, do tédio inicial, da própria pressa. Mas quando a leitura sobrevive à página 50, algo muda. As camadas se soltam, os personagens se instalam — e a voz da escrita começa a ecoar como uma lembrança sua. Esta seleção reúne obras que não gritam ao início, mas permanecem depois. Livros que não imploram atenção: conquistam. Com afeto seco, memória persistente e uma certa melancolia que só quem leu até o fim vai entender.

7 livros que você termina e fica olhando pro teto por meia hora repensando a vida toda

7 livros que você termina e fica olhando pro teto por meia hora repensando a vida toda

Sabe aquele momento pós-leitura em que você fecha o livro, apoia a testa na mão e passa os próximos vinte minutos encarando o teto como se ele fosse devolver alguma resposta sobre o sentido da existência? Pois é. Existem histórias que não terminam quando a última página vira, elas continuam reverberando nos ossos, nas decisões adiadas, nos amores mal resolvidos e até naquela dívida esquecida do boleto da farmácia.

O único filme que você precisa ver neste feriado (confie em mim)

O único filme que você precisa ver neste feriado (confie em mim)

“Warfare” desarma qualquer expectativa de nobreza bélica ao instaurar, desde seu primeiro frame, um estado de tensão que não dá trégua. Não há espaço para discursos heroicos nem para bandeiras tremulando ao vento. O que acontece aqui é o pavor encarnado, o colapso do controle, a orquestra do caos. Dirigido por Alex Garland em parceria com Ray Mendoza, ex-militar cuja vivência real se infiltra no filme como sangue em tecido, o longa reconstitui o desespero de uma operação militar em Ramadi, em 2006, com uma urgência que dispensa qualquer contextualização narrativa.

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

Sabe aquela sensação de estar na contramão de uma multidão apaixonada, como quem vai a um show e, no exato refrão que faz todo mundo chorar, sente apenas vontade de ir embora? Foi exatamente isso que vivi lendo cada um desses livros. Enquanto a internet declarava amor eterno, eu me via implorando por um enredo que me despertasse algo além do bocejo. Claro, o problema podia estar em mim, talvez meu coração esteja endurecido ou minha paciência com personagens intensos demais, introspectivos demais ou apenas prolixos demais tenha simplesmente se esgotado.

7 distopias que fazem 1984 parecer jardim de infância

7 distopias que fazem 1984 parecer jardim de infância

“1984” nos ensinou a temer a vigilância e os olhos do poder. Mas há obras que ultrapassam esse medo inicial — que penetram mais fundo, ali onde o totalitarismo não é mais uma ameaça externa, e sim uma fissura íntima, moral, impossível de delimitar. Neste mergulho curatorial, selecionamos sete distopias que não apenas confrontam o legado de Orwell, mas o ampliam, o torcem, o subvertem. São histórias onde a opressão é menos uma engrenagem e mais uma vertigem — mais dilacerante, mais humana, mais real.