Hipnótico, alucinante e implacável: o filme mais intenso da Netflix
A brutalidade contra as mulheres no Irã transcende os limites da crueldade cotidiana. Em um país onde a teocracia reina há 45 anos, desde a Revolução de 1979, a violência de gênero se normalizou. A morte de Mahsa Amini, detida por “uso indevido” do hijab, exemplifica o horror institucionalizado. “Holy Spider”, de Ali Abbasi, escancara essa realidade ao mergulhar em um caso de feminicídio que revela a podridão de um sistema patriarcal, autoritário e indiferente às liberdades individuais.